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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Moradores de Carpina, PE, utilizam jumentos para substituir carros-pipa

Para driblar a situação da seca deste ano, o município de Carpina, a menos de 60 quilômetros do Recife, na Zona da Mata pernambucana, aproveita os jumentos para transportar a água. Na zona rural do município, poucas casas possuem cisternas, e quem não tem, armazena a água em baldes e tonéis.
O agricultor Severino Vieira já está acostumado a caminhar na estrada de chão batido, transportando água para o povoado onde mora. A cena, típica do semiárido de Pernambuco, chegou à Zona da Mata por conta da estiagem. Ele comenta que o inverno de 2012 foi fraco, quase sem chuva.

A estiagem afetou a colheita, e os agricultores perderam quase tudo. A paisagem verde sumiu aos poucos, e a seca se estende por quilômetros, tirando o ânimo de muitos moradores. Maria Galdino também é agricultora e diz que a família nem chegou a plantar. A filha dela, Hosana Felipe da Mota, diz que não vê chuva há meses.
Quase todos os agricultores que plantaram milho perderam os cereais. No povoado de Serraria, a 10 quilômetros do município, o agricultor Luiz Antônio reclamou do tamanho da espiga.

Em Caraúba Torta, povoado que fica a 18 quilômetros do centro de Carpina, mais de mil famílias sofrem com a falta de chuva. Lá, a água da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) só chega às casas a cada 15, 20 dias. Uma das moradoras mais antigas do povoado, Maria Barbosa contou que toda a comunidade tem tido muita dificuldade.

De acordo com o governo do estado, não há carro-pipa contratado para atender o município de Carpina porque o serviço não foi solicitado. Segundo o coordenador da Operação Pipa, Gentil Gomes, qualquer pessoa pode solicitar esse tipo de abastecimento, nas unidades do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) de sua cidade.(Giro-PE)

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