As notificações dos
casos de dengue se multiplicam no Brasil. Em Pernambuco, até o dia 2 de maio
deste ano, os registros já haviam passado dos 37.500 casos. Esses números
representam aumento de 528% em relação ao mesmo período de 2014. No entanto, em
meio à epidemia, o Estado conta com cinco municípios sem notificações da
doença: Palmeirina e Riacho das Almas, no Agreste, além de Rio Formoso, São
Benedito do Sul e Primavera, na Zona da Mata Sul.
Nessas localidades, dados do último Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes Aegypit (LiraA), divulgado no mês passado, apontavam que as cidades apresentam índices considerados seguros de focos de transmissão da dengue. Apesar de parecer um boa notícia, a coordenadora do Programa de Controle da Dengue e Chikungunya da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Claudenice Pontes, vê com certa desconfiança a falta de casos de dengue.
Segundo ela, equipes da Secretaria foram encaminhadas para esses municípios com o objetivo de identificar o motivo do não registro da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. “É preciso verificar se não está havendo uma subnotificação, até porque essas cidades estão rodeadas por outras onde foram registrados casos da doença. Se for confirmado que realmente não teve nenhum caso, será ótimo, é como um paraíso, mas isso é improvável”, avaliou Claudenice que garantiu o resultado da avaliação até esta sexta-feira (22). A informação é de
No entanto a Prefeitura
de Riacho das Almas, por exemplo, comemora a falta de casos de dengue no
município. “Os bons resultados se devem ao intenso trabalho do Departamento de
Endemias da Secretaria de Saúde”, orgulha-se a gestão municipal. “Outro fator
determinante para os bons resultados de Riacho das Almas no combate à dengue se
deve à colaboração da comunidade, que tem feito a sua parte não deixando água
parada e facilitando o acesso dos agentes de endemias ao interior das
residências”, completa a nota divulgada pela Prefeitura de Riacho das Almas.
A dengue pode se
apresentar clinicamente de quatro formas diferentes: infecção inaparente (sem
sintomas visíveis), clássica, hemorrágica e síndrome de choque. A SES destaca
que essas formas podem evoluir para o óbito. O primeiro caso confirmado de
morte por dengue em 2015 aconteceu no bairro de Paratibe, em Paulista, Região
Metropolitana do Recife. A vítima foi um homem de 37 anos infectado com a
dengue clássica. Outros 16 casos suspeitos de morte por dengue estão em
investigação. Como não existem vacinas e nem medicamentos que previnam a
doença, a forma mais adequada para a prevenção é evitar o nascimento do
mosquito.
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