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sábado, 18 de julho de 2015

Oposição e PMDB isolam Cunha após rompimento com governo

Foto: Agência Brasil.

A decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de romper com o governo federal não teve o respaldo do PMDB, seu partido, nem de siglas da oposição. Líderes oposicionistas classificaram nesta sexta (17) como “muito grave” o anúncio feito pelo peemedebista, especialmente se novas denúncias surgirem contra o parlamentar.

A oposição teme que sua decisão crie uma crise institucional, levando a um agravamento da crise política e econômica pela qual passa o país. Eles veem o movimento com cautela e defendem as investigações contra o presidente, sem que Cunha seja poupado por declarar guerra à presidente Dilma Rousseff, ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. Até o momento, apenas o Solidariedade declarou apoio a Cunha publicamente.

Para o líder do Democratas na Câmara, Mendonça Filho (PE), a decisão de Cunha se somará à crise política econômica do governo. “Vislumbro um quadro muito difícil nesse segundo semestre. Há uma instabilidade institucional agravada. Ele declarou publicamente guerra ao governo”, disse.

Mendonça disse que Cunha deve ter o direito de defesa garantido, mas não indicou apoio ao novo posicionamento do presidente da Casa. “Eu, como opositor, tenho como princípio, primeiro, buscar todos os fatos sobre corrupção. Não é porque eu sou opositor que eu vou querer a inviolabilidade institucional. Vou trabalhar para que todas as denúncias sejam apuradas”, afirmou. O deputado disse acreditar que Cunha saberá delimitar o seu espaço como parlamentar e presidente da Câmara.

Apesar do tom de cautela, o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), disse que a decisão de Cunha “abre as portas” para que um eventual pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff avance na Câmara. Cunha vinha se mantendo resistente à possibilidade de acatar pedido de afastamento da presidente, mas Agripino considera que o cenário mudou após as recentes declarações do deputado.(Na Folha Press)

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