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quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Festival de Cinema de Triunfo: Realizadores debatem processos criativos e distribuição dos filmes‏


O Festival de Cinema de Triunfo segue incentivando diálogos sobre a cadeia produtiva do audiovisual brasileiro. Nesta quarta-feira (5/8), realizadores participantes das mostras competitivas de curta e longa-metragem, que tiveram seus filmes exibidos no dia anterior, se encontraram para um bate-papo também aberto ao público do festival.

O carioca Allan Ribeiro, diretor do longa 'Mais do que eu possa me reconhecer', conversou sobre o processo de produção do filme, escolhido pelo júri da crítica em Tiradentes 2015 como melhor filme da Mostra Aurora. O documentário, premiado na ocasião pela originalidade com que ficou registrada a amizade entre o cineasta e artista plástico/videoartista Darel Valença Lins, também concorre nesta oitava edição do Festival em Triunfo. “O que me estimulou a finalizar esse filme foi a possibilidade de contar esse encontro com ele (Darel), não apenas o que aconteceu dentro da casa e os diálogos que tivemos, mas juntar as filmagens que fiz com as dele. Nosso encontro se deu na montagem”.

A distribuição de 'Mais do que eu possa me reconhecer' em diversos estados do Brasil vai ser tocada pelo Filmes Livres, fundada por Carla Osório, também presente no bate-papo. “O filme de Allan tem esse componente forte de filme de arte, então, num cenário dominado pelo mercado, temos que buscar espaços diferentes para exibição, nem todo filme tem que ir pro shopping, o desafio é encontrar outras janelas de exibição, como museus, galerias”, destacou.

O Canto da Lona, terceiro filme do cineasta que traz à luz histórias e personagens da cultura popular marginal brasileira. “Quis trabalhar a memória como uma atividade política, como forma de afirmar a identidade de um grupo. Fazer uma história sobre esse universo do circo, reunir cinco artistas em cinco dias, em um cenário de circo e ver o que acontecia nesse reencontro entre eles. Tivemos uma primeira conversa em que sugeri que cada um escolhesse um número pra fazer e o restante foi o processo, eles mesmos foram apresentando demandas e colaborando com o filme”, comentou Thiago.

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