Na Folhapress
O Palácio do Planalto já
admite publicamente que programas sociais como o Minha Casa, Minha Vida, uma
das principais bandeiras do governo, serão afetados pela proposta Orçamentária
entregue ao Congresso na semana passada com um déficit primário inédito de R$
30,5 bilhões.
Após reunião da
coordenação política do núcleo da presidente Dilma Rousseff, o ministro Ricardo
Berzoini (Comunicações) disse que programas de transferência de renda, como o
Bolsa Família, serão “absolutamente preservados”, mas aqueles “com
investimentos físicos”, de educação, saúde e habitação, terão que passar por um
“alinhamento” com a atual proposta Orçamentária.
“Ainda tem mais de 1,4
milhão de casas para serem entregues da fase 2 do Minha Casa, Minha Vida. Ou
seja, é um programa de grande impacto social, grande impacto orçamentário. A
fase 3, certamente, vai dar continuidade a isso. Evidentemente, ajustada à
disponibilidade orçamentária”, declarou o ministro.
Berzoini afirmou ainda
que a presidente pediu mais uma vez que o governo se empenhe na busca por corte
de gastos e alternativas para cobrir o rombo fiscal. O Planalto insiste na
ideia de que as saídas precisam ser construídas “junto com o Congresso e com a
sociedade”.
Os presidentes do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já
disseram que votarão as propostas orçamentárias que visam melhorar as contas da
União, mas não querem ficar com o ônus da criação de novos impostos,
alternativa que não foi descartada pela presidente Dilma.
“Não queremos apresentar
uma coisa e depois ver a reação”, disse Berzoini.
O governo, porém, já
ensaiou recriar a CPMF, o chamado imposto do cheque, antes mesmo de apresentar
a proposta de Orçamento ao Congresso, mas desistiu diante da repercussão
negativa entre políticos e empresários.
INVESTIGAÇÃO
O ministro disse que a abertura de inquérito pelo STF (Supremo Tribunal Federal) contra dois dos principais auxiliares de Dilma, Edinho Silva (Comunicação Social) e Aloizio Mercadante (Casa Civil), “não foi discutida na reunião”, mas “não abala a confiança da presidente”.
O ministro disse que a abertura de inquérito pelo STF (Supremo Tribunal Federal) contra dois dos principais auxiliares de Dilma, Edinho Silva (Comunicação Social) e Aloizio Mercadante (Casa Civil), “não foi discutida na reunião”, mas “não abala a confiança da presidente”.
“São investigações, uma
fase inicial que pode resultar em arquivamento ou outro encaminhamento. São
pessoas que temos confiança e não há nenhuma razão para haver qualquer abalo da
confiança da presidenta ou dos ministros”, disse Berzoini.
Os dois foram citados na
delação do dono da UTC, Ricardo Pessoa, como beneficiários de recursos do
esquema de corrupção na Petrobras.
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