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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Governo não cumpre repasse do ProUPE


Municípios do interior do Estado, como Garanhuns, Limoeiro, Belo Jardim, Goiana e Afogados da Ingazeira denunciam o descaso do Governo com o ProUPE – Programa Universidade para Todos. Segundo relato dos diretores das instituições envolvidas, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Sectec) não honrou a promessa de repassar os valores relativos ao programa às Autarquias de Pernambuco.

A promessa foi de que o montante de junho seria depositado até o dia 15 de agosto. Sobre o pagamento de julho, a promessa era de repasse no mesmo mês. Em vez de trimestral, o repasse passaria a ser mensal. O resultado do descumprimento é óbvio: as treze Autarquias educacionais do Estado não estão tendo como honrar compromissos administrativos, como salário de professores, e já começaram a paralisar atividades.

Em Afogados da Ingazeira, no Pajeú, a AEDAI/FAFOPAI (Faculdade de Formação de Professores de Afogados da Ingazeira) tem tido dificuldades. A diretora-presidente da instituição, Socorro Dias, trata a situação como “dificílima”. “Asseguramos a mensalidade dos alunos desde a matrícula. Com três meses de atraso, é impossível gerir a entidade. Para se ter uma ideia do problema, 90% da receita da Autarquia depende hoje do programa”, reclama.

Em Belo Jardim, a Autarquia Educacional sinaliza um protesto na porta do Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo, por não ter como gerir a instituição. Mesmo Autarquias de polos maiores, como a Fecape, em Petrolina, enfrenta dificuldades para administrar nesta situação, segundo o presidente da instituição, Rinaldo Remígio. A Assiesp, Associação que engloba as Autarquias sinaliza uma movimentação para pressionar mais o governo.

Professor da instituição e ex-presidente da AEDAI, o Padre João Acioly, quando comandava a Autarquia, quem fez um apelo ao então governador Eduardo Campos para salvar as autarquias. De lá, surgiu o embrião do programa. “Eduardo Campos lançou o programa e Paulo Câmara está cruzando os braços para a questão. Se a Autarquias quebrarem, os primeiros a se desgastarem serão os prefeitos e não os gestores das Autarquias. As autarquias são de competência dos municípios”, concluiu. (Blog do Magno)

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