Municípios do interior do Estado, como Garanhuns, Limoeiro, Belo Jardim, Goiana e Afogados da Ingazeira denunciam o descaso do Governo com o ProUPE – Programa Universidade para Todos. Segundo relato dos diretores das instituições envolvidas, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Sectec) não honrou a promessa de repassar os valores relativos ao programa às Autarquias de Pernambuco.
A promessa foi de que o
montante de junho seria depositado até o dia 15 de agosto. Sobre o pagamento de
julho, a promessa era de repasse no mesmo mês. Em vez de trimestral, o repasse
passaria a ser mensal. O resultado do descumprimento é óbvio: as treze
Autarquias educacionais do Estado não estão tendo como honrar compromissos
administrativos, como salário de professores, e já começaram a paralisar
atividades.
Em Afogados da
Ingazeira, no Pajeú, a AEDAI/FAFOPAI (Faculdade de Formação de Professores de
Afogados da Ingazeira) tem tido dificuldades. A diretora-presidente da
instituição, Socorro Dias, trata a situação como “dificílima”. “Asseguramos a
mensalidade dos alunos desde a matrícula. Com três meses de atraso, é
impossível gerir a entidade. Para se ter uma ideia do problema, 90% da receita
da Autarquia depende hoje do programa”, reclama.
Em Belo Jardim, a
Autarquia Educacional sinaliza um protesto na porta do Palácio do Campo das
Princesas, sede do Governo, por não ter como gerir a instituição. Mesmo
Autarquias de polos maiores, como a Fecape, em Petrolina, enfrenta dificuldades
para administrar nesta situação, segundo o presidente da instituição, Rinaldo
Remígio. A Assiesp, Associação que engloba as Autarquias sinaliza uma
movimentação para pressionar mais o governo.
Professor da instituição
e ex-presidente da AEDAI, o Padre João Acioly, quando comandava a Autarquia,
quem fez um apelo ao então governador Eduardo Campos para salvar as autarquias.
De lá, surgiu o embrião do programa. “Eduardo Campos lançou o programa e Paulo
Câmara está cruzando os braços para a questão. Se a Autarquias quebrarem, os
primeiros a se desgastarem serão os prefeitos e não os gestores das Autarquias.
As autarquias são de competência dos municípios”, concluiu. (Blog do Magno)
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