A possibilidade de renúncia de Dilma Rousseff já não é
descartada dentro do PT. Dirigentes históricos e ligados ao ex-presidente Lula
acreditam que ela pode ser levada a uma atitude extrema em caso de total
ingovernabilidade do país – o que poderia ocorrer na hipótese de derrota fragorosa
do pacote fiscal enviado ao Congresso. No PT é feito o cálculo de que Dilma tem
cerca de três semanas para virar o jogo e se estabelecer novamente como única
alternativa de poder no país até 2018. A informação é de Mônica Bergamo,
hoje na sua coluna da Folha de S.Paulo.
A conta pode mudar – diz a colunista, — caso se confirmem
os rumores de que o delator Fernando Baiano poderá arrastar os principais
líderes do PMDB, partido de Michel Temer, para o precipício. Nesse caso, a
possibilidade de o vice assumir no lugar de Dilma estaria afastada.
Para Mônica, ainda que o STF (Supremo Tribunal Federal)
barre um processo de impeachment, os mesmos dirigentes acreditam que a situação
do governo pode ficar insustentável. E que Dilma se retiraria para evitar uma conflagração
no país. A presidente tem repetido que não renunciará ao mandato em nenhuma
hipótese.
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