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sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Dilma reduz 8 ministérios, anuncia corte de gastos e defende fortalecimento da base


A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta sexta-feira a esperada reforma administrativa e ministerial com a redução de oito dos 39 ministérios de seu governo, para cortar gastos e fortalecer a base aliada no Congresso, num cenário de recessão econômica e risco de impeachment.

Dilma defendeu a articulação política que levou a uma dança das cadeiras e aumentou a participação do PMDB no governo, apesar das crises frequentes entre o Planalto e a bancada no Congresso, alegando a necessidade de estabilidade política para que o país obtenha estabilidade econômica.

“Precisamos de estabilidade política por isso essa reforma tem propósito de estabilizar a base, buscando maioria no Congresso. Estamos tornando a coalizão de governo mais equilibrada, fortalecendo a relação com partido e parlamentares”, afirmou a presidente.

“Trata-se de articulação política que respeite os partidos que fizeram parte da coalização que me elegeu e que tem direito e dever de governar comigo”, disse.

A chegada de Jaques Wagner à Casa Civil, antes ocupada por Aloizio Mercadante, que retorna ao Ministério da Educação, sinaliza uma importante mudança na articulação. Seu nome era defendido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o posto desde o início deste segundo mandato de Dilma.

A presidente, no entanto, não queria tirar Mercadante, seu homem de confiança e Wagner acabou como ministro da Defesa.

“Essa reforma é uma reforma que o presidente Lula vem defendendo desde o final do ano passado, e hoje a gente consolida aí nomes importantes que sem dúvida nenhuma vão ajudar muito a presidenta Dilma”, disse o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS).

Na reforma, o PMDB ficou sete pastas, mas ganhou peso em um ministério que foi reduzido de 39 para 31 ministérios. Não apenas por ocupar mais espaço, mas por ter pastas com orçamentos maiores, como a Saúde.

Dilma também conseguiu atrair o PDT de volta ao governo ao entregar o Ministério das Comunicações, a ser ocupado pelo deputado André Figueiredo.

Fonte: Reuters

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