Quem ainda pensa em beber e, na sequência, assumir o
volante de um veículo deve estar preparado para a possibilidade de ser pego em
uma das blitzes da Lei Seca durante as festas de fim de ano. Uma mudança na
estratégia de atuação das equipes de fiscalização promete dar novo fôlego aos
agentes de trânsito, policiais e servidores da saúde envolvidos nas abordagens.
A escala de trabalho dos grupos foi alterada, assim como os horários de
lançamento das blitzes. A operação, entretanto, não terá reforço no número de
equipes – continuam as mesmas 18 (nove por dia) para atender todo o Estado, com
enfoque maior na Região Metropolitana do Recife.
Antes, as equipes trabalhavam dois dias e folgavam dois.
Agora, irão trabalhar um dia e folgar outro. O lançamento da operação também
está mais maleável. Enquanto uma equipe é lançada no início da noite, outra
ganha as ruas no meio da madrugada, por exemplo. “Já vamos avisando: estaremos
presente na noite do dia 24 para o dia 25 e do dia 31 para o dia 1º. Também
iremos fazer abordagens durante o dia. Na verdade, desde novembro temos
realizado a Operação Confraternização, focada nos encontros de fim de ano”,
alerta o novo coordenador da Operação Lei Seca, major Luciano Nunes.
Graças a um sistema de monitoramento da operação, a
partir das notificações feitas em cada blitz é possível saber os locais com um
número maior de abordagens e notificações. E foi a partir dessa análise que a
operação começou a mudar a estratégia de atuação. “Ganhamos mais mobilidade nos
lançamentos. Antes, fazíamos muitas blitzes no fim da noite e início da
madrugada. Aí começamos a perceber que estava havendo uma queda tanto nas
abordagens quanto nas notificações. Percebemos que os condutores estavam
bebendo e voltando mais cedo para casa ou esperando o dia clarear para
retornar. Agora, temos lançado equipes no início da noite e no meio da
madrugada”, explica o major.
Outra novidade é que a Lei Seca firmou parceria com a
Polícia Rodoviária Federal (PRF) para atuar na Operação Rodovida, que pretende
intensificar as abordagens nas vias urbanas que dão acesso às BRs que mais têm
índices de acidentes. “A PRF fez um levantamento dos pontos onde mais acontecem
acidentes nas rodovias federais e nós estaremos realizando abordagens nos
corredores do entorno. Por exemplo: estaremos na Avenida Recife e na Avenida
Norte, duas importantes vias de acesso à BR-101. E essa parceria está sendo
firmada com diversos órgãos de trânsito”, alerta Luciano Nunes. As festas de
fim de ano, entretanto, não são um período que preocupa a Operação Lei Seca. O
Carnaval é uma época que exige muito mais esforço dos que realizam as
blitzes.(Jc Online)
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