Blog do Carlos Brito
As chuvas registradas
no mês de janeiro no Sertão do Moxotó não foram
suficientes para alterar a realidade de abastecimento d’água em Arcoverde.
A barragem Riacho do Pau, que atende a cidade, não conseguiu acumular água
suficiente para permitir mudanças no atual regime de
distribuição. Localizada no município de Pedra, a barragem continua ainda
com nível muito baixo, estando hoje com apenas 1,11% do seu volume
total, que é de 16,8 milhões de metros cúbicos (m³) de água.
Segundo o gerente da Unidade de Negócios do Moxotó, Augusto César, apesar
das chuvas, o manancial só conseguiu recuperar 0,22 % da sua
capacidade, representando um volume atual de 3. 700 mil
metros cúbicos de água.
Para alterar o
atual regime de distribuição de água da cidade, a Compesa precisa que a
barragem Riacho do Pau chegue a pelo
menos 5% da sua capacidade, o que equivaleria a 840
mil m³ do seu volume total. “As chuvas sempre são bem-vindas e nos
deixam animados para o inverno, porém as precipitações até então
registradas não ocorreram com a mesma intensidade na região
que alimenta a barragem Riacho do Pau”, afirmou o gestor da
Compesa. Ele acrescentou que a Companhia está atuando em um
rigoroso controle operacional do volume da água disponível para
que a população continue recebendo o produto pela rede de
distribuição.
Atualmente, a Compesa
está conseguindo abastecer Arcoverde com um calendário
de quatro dias com água e 22 dias sem – regime implantado
desde julho de 2013. Essa realidade é consequência do quinto
ano consecutivo de seca, a pior dos últimos 50 anos. Nos próximos dias, a
Compesa deverá lançar edital para a licitação da obra da Adutora do Moxotó,
um investimento estimado em R$ 80 milhões, que trará
água do eixo Leste da Transposição do rio São Francisco para as cidades de
Arcoverde e Pesqueira, no Agreste. Os recursos são do Ministério da Integração
Nacional.
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