Apesar de os protestos
de ontem contra o governo terem sido até agora os com maior engajamento de
políticos, que participaram inclusive da convocação dos atos pelo impeachment,
a participação deles foi rejeitada em muitos locais. No Rio, a multidão reagiu
com gritos de “sem partido” e vaias quando os organizadores instaram
parlamentares que estivessem presentes a se apresentar e discursar. Em São
Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e o senador Aécio Neves (PSDB-MG)
foram hostilizados por alguns manifestantes quando chegavam na Avenida
Paulista. Em Brasília, políticos foram impedidos de subir nos carros de som.
Aécio e Alckmin chegaram
a entrar no caminhão do Movimento Brasil Livre (MBL), mas não subiram para a
área externa. Cerca de 15 minutos depois, eles deixaram o ato sem discursar. No
trajeto de chegada, ouviram gritos de “vagabundo”, “Aécio, o próximo é você” e
“Alckmin, ladrão de merenda” de alguns manifestantes. Havia pessoas com
cartazes de “fora Aécio” e “fora Alckmin”. Alguns poucos manifestantes, no
entanto, também os aplaudiram. Depois de conversarem do caminhão, os dois
deixaram a Paulista.
A senadora Marta
Suplicy, que era do PT até o ano passado e hoje está no PMDB, também foi
criticada no ato. Enquanto concedia uma entrevista na sede da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a senadora foi chamada de “perua”,
“vira-casaca” e ouviu gritos de “Fora, PT!”. Um manifestante gritou ainda que o
“PMDB é igual ao PT”. Logo após o fim da entrevista, ela deixou o evento.
Texto: Blog do Magno
Video: Canal Brasil
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