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segunda-feira, 14 de março de 2016

Ruas: políticos da oposição também foram hostilizados



Apesar de os protestos de ontem contra o governo terem sido até agora os com maior engajamento de políticos, que participaram inclusive da convocação dos atos pelo impeachment, a participação deles foi rejeitada em muitos locais. No Rio, a multidão reagiu com gritos de “sem partido” e vaias quando os organizadores instaram parlamentares que estivessem presentes a se apresentar e discursar. Em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foram hostilizados por alguns manifestantes quando chegavam na Avenida Paulista. Em Brasília, políticos foram impedidos de subir nos carros de som.

Aécio e Alckmin chegaram a entrar no caminhão do Movimento Brasil Livre (MBL), mas não subiram para a área externa. Cerca de 15 minutos depois, eles deixaram o ato sem discursar. No trajeto de chegada, ouviram gritos de “vagabundo”, “Aécio, o próximo é você” e “Alckmin, ladrão de merenda” de alguns manifestantes. Havia pessoas com cartazes de “fora Aécio” e “fora Alckmin”. Alguns poucos manifestantes, no entanto, também os aplaudiram. Depois de conversarem do caminhão, os dois deixaram a Paulista.

A senadora Marta Suplicy, que era do PT até o ano passado e hoje está no PMDB, também foi criticada no ato. Enquanto concedia uma entrevista na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a senadora foi chamada de “perua”, “vira-casaca” e ouviu gritos de “Fora, PT!”. Um manifestante gritou ainda que o “PMDB é igual ao PT”. Logo após o fim da entrevista, ela deixou o evento.



Texto: Blog do Magno
Video: Canal Brasil          

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