O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na tarde
desta sexta-feira (4) que se sentiu preso ao ter sido levado coercitivamente
para prestar depoimento à Polícia Federal. Ele depôs no Aeroporto de Congonhas,
na Zona Sul de São Paulo e, em seguida, foi à sede nacional do PT, no Centro da
capital paulista, fazer pronunciamento. Lula disse que 'não estão permitindo' a
presidente Dilma Rousseff governe esse país. E concluiu o discurso que
"quiseram matar a jararaca, não bateram na cabeça, bateram no rabo. Quero
dizer que a jararaca está viva".
"Me senti prisioneiro hoje de manhã", afirmou
durante pronunciamento na sede do Partido dos Trabalhadores (PT), no Centro da
capital paulista. "Já passei por muita coisa na minha vida. Não sou homem
de guardar mágoa, mas nosso país não pode continuar assim."
Ele acrescentou que "jamais se recusaria a prestar
depoimento. Não precisaria ter mandado uma coerção". “Era só ter
convidado. Antes deles nós já éramos democratas.” "Se o juiz [Sérgio] Moro
e o Ministério Público quisessem me ouvir, era só ter me mandado um ofício e eu
ia como sempre fui porque não devo e não temo", declarou.
Lula criticou parte da Justiça. “Enquanto os advogados
não sabiam nada, alguns meios de comunicação já sabiam. É lamentável que uma
parcela do poder Judiciário brasileiro esteja trabalhando em associação com a
imprensa.” Ele acrescentou: “Antigamente você tinha a denúncia de um crime, ia
investigar se existia e prender o criminoso. Hoje a primeira coisa que se faz é
determinar quem é o criminoso”.
Fonte: G1/PE
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