O ano de 2016 será
de fortalecimento na convivência com o Semiárido para milhares de famílias
agricultoras no Sertão pernambucano e região do São Francisco. As famílias, que
já estão se beneficiando com as 3.975 cisternas construídas através do programa
Pernambuco Mais Produtivo, agora poderão receber em suas comunidades outros
dois tipos de tecnologias (implementações) de armazenamento de água e
incremento à produção de alimentos.
Ao todo, serão
construídos 50 tanques de pedra e 20 barreiros lonados, além de 370 abrigos de
armazenagem. Dos 19 municípios beneficiados pelas construções de cisternas,
quatro já foram selecionados: Terra Nova, Salgueiro, Verdejante e Mirandiba.
Uma das pessoas mais
animadas é o agricultor e líder comunitário Reginaldo Daniel Damasceno,
presidente da Associação do Assentamento Fênix (Sítio Tiririca), em Verdejante:
“Na minha propriedade, eu já tenho tarefas de maracujá, sorgo, cana e outras,
que só estão desenvolvendo por causa do sistema de gotejamento trazido com o
projeto, já que o poço está com pouca água. Agora, nossa expectativa é a
construção dos abrigos para armazenar a produção”, comemora Reginaldo, que
também é presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar
(Sintraf) local e vice-presidente do Conselho municipal.
“Nesse momento, os
sindicatos e lideranças comunitárias estão procurando em suas localidades as
áreas mais propícias para receberem essas tecnologias. Após a indicação dos
locais, a equipe técnica vai conferir de perto, fotografar e georreferenciar
estes pontos para que se iniciem as construções”, destaca o coordenador do
projeto, Salomão Jalfim. Ele ainda acrescenta que, com as chuvas que caíram no
início do ano na região, praticamente todas as cisternas encheram e não houve
reclamações de vazamentos, o que garantiu maior segurança às tecnologias
construídas.
O programa Pernambuco
Mais Produtivo é desenvolvido através da Secretaria de Agricultura Familiar
(SEAF) e Programa de Apoio ao Pequeno Produtor Rural (ProRural) do Governo do
Estado de Pernambuco, com apoio da Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA).
Nas regiões do Araripe e São Francisco, a Diaconia executa a iniciativa em
parceria com a ONG CAATINGA.
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