Após a tentativa
frustrada de diálogo com o governo Luciano Duque, por unanimidade, os
servidores em educação de Serra Talhada decretaram greve por tempo
indeterminado durante assembleia na manhã desta quarta-feira (20). Em conversa
com o FAROL DE NOTÍCIAS, o presidente do Sintest, Sinézio Rodrigues,
declarou que a categoria se reuniria com o governo na última terça (19) para
renegociar a proposta de reajuste, principalmente com relação aos servidores do
administrativo e motoristas que correm o risco de não receber nenhum aumento. O
sindicato quer no mínimo o valor de 11,57% de reajuste, entre outras
reivindicações.
De acordo com Rodrigues,
a reunião não aconteceu por causa da ausência do secretário de Administração,
Renato Godoy, o que acabou decepcionando toda a categoria. “O secretário
de Administração viajou, o prefeito teve agenda da zona rural e o secretário de
Educação ficou de braços atados, sem ter como dar uma resposta. Ficou firmado
com o secretário que ele só viajaria depois da reunião. Como não houve retorno,
a categoria decidiu paralisar as atividades. Haja visto que a proposta
apresentada na segunda (18) exclui administrativos e motoristas e achata o
salário dos serviços gerais. Marcamos um protesto para a segunda (25), a partir
das 8h30 e esperamos que o governo se posicione até lá”, detalhou.
A reportagem do FAROL também
conversou com Edna Lima, 48 anos, que serve a educação serra-talhadense há 22
anos. Emocionada a técnica administrativa disse que está se sentindo
humilhada com a desvalorização da categoria.
“Eu me sinto humilhada,
lá no chão. Será que a gente também não é necessário, porque a gente é uma
categoria em menor número? Isso não existe, um não vai sem o outro. Eu tenho
certeza que se a secretaria de uma escola não abrir ou atrasar por cinco
minutos faz falta, a escola não funciona, imagina um dia, dois dias. Eu não não
me sinto mais no chão porque eu estou aqui para levantar e lutar, mas de fato
ninguém espera ser suprimido”, finalizou. (Farol de Notícias)
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