Em discurso realizado
minutos depois de ser intimada do afastamento da Presidência da República, ao
lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente afastada, Dilma
Rousseff (PT), declarou não ser "mulher para aceitar chantagem", em
referência ao que chamou de chantagem do então presidente da Câmara dos
Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que deu início ao processo de
impeachment. O pronunciamento ocorreu diante de centenas de apoiadores, na
Praça dos Três Poderes, na frente do Palácio do Planalto, no fim da manhã
desta quinta-feira (12).
"Quem deu
início a esse golpe o fez por vingança porque nós nos recusamos a dar a ele, ao
senhor Eduardo Cunha, os votos para que ele fosse absolvido. A própria imprensa
noticiou isso fartamente, disse que ele estava fazendo uma chantagem contra o
governo. E eu não sou mulher para aceitar esse tipo de
chantagem", afirmou Dilma.
Falando sem ler,
diferentemente do que havia ocorrido pouco antes diante de jornalistas, dentro
do Palácio, a petista repetiu muitos tópicos do
discurso anterior e interrompeu várias vezes sua fala para
pedir que pessoas se afastassem dela, para que pudesse ver os manifestantes.
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