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segunda-feira, 16 de maio de 2016

Maduro anuncia tomada de fábricas paralisadas e prisão de empresários



O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ordenou neste sábado (14), como parte do estado de exceção decretado na sexta-feira (13), a intervenção nas fábricas que estiverem paralisadas e a detenção dos empresários que pararem a produção com o objetivo de “sabotar o país”.

“No âmbito desse decreto em vigor (…) tomemos todas as ações para recuperar o aparelho produtivo que está sendo paralisado pela burguesia (…), e quem quiser parar para sabotar o país que vá embora, e o que fizer isso deve ser algemado e enviado para a PGV (Penitenciária Geral da Venezuela)”, declarou Maduro, em um comício no centro de Caracas.

A medida pode implicar a tomada de quatro fábricas de cerveja da Empresas Polar – a maior produtora de alimentos e de bebidas do país. Essas unidades se encontram paralisadas desde 30 de abril passado pela falta de acesso a divisas para importar insumos, de acordo com a companhia, dentro do estrito controle cambial imposto em 2003 pelo então presidente Hugo Chávez (1999-2013).

“Planta parada, planta entregue ao povo! (…) Vocês vão me ajudar a recuperar todas as plantas paralisadas pela burguesia”, lançou Maduro a seus milhares de seguidores durante o ato.

Também neste sábado, Maduro ordenou a realização de “exercícios militares” no próximo sábado (21), para enfrentar o que denunciou como “ameaça externa”, após decretar estado de exceção no país.

“No próximo sábado, convoquei exercícios militares nacionais das Forças Armadas, do povo e da milícia, para nos prepararmos para qualquer cenário”, afirmou Maduro, em entrevista à televisão no encerramento da mobilização chavista.

Fonte: AFP

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