O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ordenou neste sábado (14), como parte do estado de exceção decretado na sexta-feira (13), a intervenção nas fábricas que estiverem paralisadas e a detenção dos empresários que pararem a produção com o objetivo de “sabotar o país”.
“No âmbito desse decreto
em vigor (…) tomemos todas as ações para recuperar o aparelho produtivo que
está sendo paralisado pela burguesia (…), e quem quiser parar para sabotar o
país que vá embora, e o que fizer isso deve ser algemado e enviado para a PGV
(Penitenciária Geral da Venezuela)”, declarou Maduro, em um comício no centro
de Caracas.
A medida pode implicar a
tomada de quatro fábricas de cerveja da Empresas Polar – a maior produtora de
alimentos e de bebidas do país. Essas unidades se encontram paralisadas desde
30 de abril passado pela falta de acesso a divisas para importar insumos, de
acordo com a companhia, dentro do estrito controle cambial imposto em 2003 pelo
então presidente Hugo Chávez (1999-2013).
“Planta parada, planta
entregue ao povo! (…) Vocês vão me ajudar a recuperar todas as plantas
paralisadas pela burguesia”, lançou Maduro a seus milhares de seguidores
durante o ato.
Também neste sábado,
Maduro ordenou a realização de “exercícios militares” no próximo sábado (21),
para enfrentar o que denunciou como “ameaça externa”, após decretar estado de
exceção no país.
“No próximo sábado,
convoquei exercícios militares nacionais das Forças Armadas, do povo e da
milícia, para nos prepararmos para qualquer cenário”, afirmou Maduro, em
entrevista à televisão no encerramento da mobilização chavista.
Fonte: AFP
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