Dois dias após reunir seu secretariado para tratar da situação financeira do Estado, o governador Paulo Câmara (PSB) detalhou o que pretende fazer para tentar garantir uma folga no caixa estadual. “Vai ser levada agora a outras secretarias uma sugestão de cortes. A gente precisa ter ações que que envolvam cortes de mais de R$ 600 milhões na parte da despesa e temos que buscar receita na ordem desse montante também”, falou nesta segunda-feira (2) após participar da posse do novo desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco, Sílvio Neves Baptista Filho.
O governador descartou
reduzir do número de cargos comissionados ou cortar
secretarias, porém adiantou que programas estaduais estão a um
passo de serem parados. “A nossa folha de comissionados representa 1% da
folha de funcionários. Uma folha insignificativa. Pode ajudar? Pode, mas não é
significativo diante dos desafios que a gente tem para fechar o ano. A gente
tem que ter outros cortes, que podem envolver inclusive programas.Vários estão
sendo analisados. Vamos fazer o que é possível prejudicando menos a população.
Quando não tem dinheiro tem que se ver onde se vai cortar. Eu não posso cortar
de imediato folha de pagamento, pagamento de dívida, poderes e repasse a
municípios. Tenho que cortar o que posso. Não posso deixar é o Estado se
desequilibrar”, afirmou.
A criação de novos
impostos está descartada inicialmente, mas o governador pediu para que a
Secretaria da Fazenda atue de forma mais incisiva junto a quem deve ao Estado.
“Temos ações que estão sendo estudadas pela Sefaz. Não envolvem aumento de
alíquota, mas envolvem ações para melhorar a fiscalização e procedimentos
fiscais que podem dar alguma receita”, contou.
Daqui a dez ou 15
dias, o Estado irá divulgar o balanço fiscal do quadrimestre. O que vem pela
frente não deve ser animador. “É bem possível que tenhamos passado o limite
prudencial (da Lei de Responsabilidade Fiscal)”, contou.
Texto: Franco Benites/JC
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