O aumento no número de casos graves de violência contra a mulher tem alarmado a todos. No Pajeú, organizações sociais e mulheres de todos os segmentos estão se mobilizando para o enfrentamento a esse quadro trágico, em meio a tantos crimes bárbaros que vitimaram mulheres recentemente.
Na noite desta segunda (06), alunos e alunas do 7°
período de Pedagogia da Faculdade de Formação de Professores de Afogados da
Ingazeira – FAFOPAI - se engajaram nesta luta e realizaram uma passeata pelas
principais ruas de Afogados até a sede do Ministério Público.
O ato contou com o apoio de diversas organizações da
sociedade civil, a exemplo da Diaconia, Casa da Mulher do Nordeste, Grupo
Mulher Maravilha, Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Conselho Tutelar. A
Coordenadoria de Políticas para Mulheres da Prefeitura de Afogados deu apoio à
manifestação.
Os discursos foram marcados pela indignação contra casos
recentes de violência, a exemplo do estupro de uma menina de sete anos, abusada
pelo vizinho, em um bairro de Afogados. Outro caso foi o abuso sexual de uma
idosa de 72 anos, em um distrito de Santa Cruz da Baixa Verde, além do caso do
estupro coletivo, ocorrido no Rio de Janeiro, e que chocou o Brasil.
Segundo uma das organizadoras, Fátima Silva, aluna do 7°
período e integrante do grupo Mulher Maravilha, o intuito do ato é mostrar a
insatisfação com o que vem acontecendo em Afogados da Ingazeira e na região,
“Nós estamos indignadas com a quantidade de casos de violência contra as
mulheres e estamos indo às ruas para alertar a população para tantos casos que
estão aí impunes”.
Fátima ainda falou que este é só o início da luta, “A
ideia é essa: mexeu com uma, mexeu com todas. Nós não vamos parar de protestar
contra a violência porque somos muitas e a luta não fica só no meio urbano, nós
também levamos para as agricultoras aqui de Afogados, e muitas hoje já sabem se
defender e procurar os seus direitos quando acontece alguma violência”.
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