O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (2) o prosseguimento da investigação contra o senador Aécio Neves, presidente do PSDB, e a coleta de provas no inquérito sobre o suposto envolvimento em corrupção em Furnas.
Em nota, Aécio disse que
é papel do Ministério Público investigar citações e acusações e que ao final,
provará sua inocência.
Há três semanas, Gilmar
Mendes, que é o relator do caso no STF, suspendeu a investigação e pediu que o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, reavaliasse se queria manter os
pedidos diante de uma documentação apresentada por Aécio Neves.
Para o ministro, a
petição do parlamentar poderia demonstrar que a retomada das investigações
ocorreu sem que houvesse novas provas, o que contraria o entendimento do
Supremo.
O procurador-geral, no
entanto, manteve o pedido original que fez ao STF e pediu o prosseguimento da
investigação, baseado na delação premiada do senador cassado Delcídio do
Amaral. Janot também pediu o desarquivamento da citação feita pelo doleiro
Alberto Youssef sobre o parlamentar.
Segundo o pedido de
investigação de Janot, Youssef disse que Aécio “dividia” uma diretoria de
Furnas com o PP, e que ouviu isso do ex-deputado José Janene, já falecido. De
acordo com o pedido, o doleiro afirmou ainda que ouviu que o senador do PSDB
recebia valores mensais, por meio de sua irmã, por uma das empresas contratadas
por Furnas. Delcídio confirmou as informações em dua delação premiada.
Fonte: G1
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