O líder do PT no Senado,
Humberto Costa (PE), denunciou, hoje, a articulação do ministro da Saúde,
Ricardo Barros (PP-PR), junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para
evitar decisões judiciais favoráveis a pacientes que querem assegurar
medicamentos ou tratamentos negados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou por
planos de saúde. Segundo Humberto, que foi ministro da Saúde de Lula, a ação de
Barros é “inaceitável”.
“O ministro da Saúde age
exatamente contra quem ele deveria proteger: a população. Ao invés de buscar
recursos e alternativas para ampliar e melhorar o atendimento do SUS e dos
planos de saúde, ele ajuda a proteger os planos de saúde e defende a restrição do
atendimento do Sistema Único de Saúde. Como pode um ministro usar de sua
influência para defender essas bandeiras?”, questionou o líder do PT.
Em entrevista ao jornal
El País, o ministro defendeu a iniciativa e disse que “não há recurso para se
dar tudo a todos” e falou mais uma vez na criação de planos de saúde populares.
Não é de hoje que o ministro vem gerando polêmica. Ricardo Barros também causou
repercussão ao declarar que “o tamanho do SUS precisa ser revisto” e que é da
cultura do brasileiro “imaginar doenças”.
“Todos os dias o
ministro da Saúde se envolve em polêmicas. Diz uma coisa e depois tem que se
desdizer, tem que explicar. Isso só mostra o despreparo de alguém que só está
no posto comandando um dos maiores orçamentos do país por questões políticas. É
inaceitável ter alguém alienado no comando da pasta que cuida da saúde dos
brasileiros”, afirmou o senador.
Segundo Humberto, é
fundamental a mobilização para evitar maiores retrocessos na saúde. "Temos
que estar mobilizados, denunciando os absurdos que estão fazendo. É uma ação
diária. Precisamos dizer que queremos um SUS melhor e de mais qualidade e que
não aceitamos nenhuma perda de direitos", disse o líder petista.
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