Em Salgueiro, no Sertão de Pernambuco, o escritório do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) não está mais funcionando. Desde o dia 29 de abril deste ano, uma portaria da presidência do Instituto determinou o fechamento de várias unidades em todo o país. Na cidade, o Ibama atendia a 56 municípios na região.
Há mais de 25 anos, o
Ibama funcionava em Salgueiro, com uma equipe de três analistas e seis
funcionários terceirizados. “O próprio Ibama nacional, dentro do seu
planejamento estratégico, já conta com o fechamento de vários escritórios. Hoje
chega a 64 escritórios. Em função de uma lei complementar, que passa as
responsabilidades para os estados e municípios e o Ibama fica com a sua ação
federativa. Então esse é um dos motivos. Outro é que em Salgueiro, ele não
atendia um dos critérios, que é o critério de ter aeroporto ou porto no local
onde tem escritório”, explica o ambientalista e analista do Ibama em Salgueiro,
Antônio Alencar Sampaio.
As demandas de
produtividade e fiscalização ficarão agora sob a responsabilidade da
superintendência do órgão no Recife. “As atribuições que são do Ibama, elas vão
ser atendidas na capital. Isso gera um certo prejuízo, porque o escritório
tinha uma ação direta com a comunidade. Ele tinha um papel de sensibilização,
de formação, de capacitação e de fiscalização. Então ele tinha uma interação
com os órgãos estaduais também e agora vai ser Recife quem vem direto para
atender uma demanda”, relata Sampaio.
O prédio onde funcionava
o Ibama deve ser entregue ao Instituto até o dia 31 de dezembro. Antes desse
prazo, serão realizados trabalhos pendentes, como relação de processos e
patrimônio. As denúncias de desmatamento, caças, degradação ambiental serão
atendidas pela Agência Estadual de Meio Ambiente, que é a instituição do estado
responsável pela área ambiental, pelo telefone (81) 3182-8800. (G1)
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