G1
O maior acervo do
trabalho e da vida de Luiz Gonzaga encontra-se no Parque Aza Branca, uma
espécie de museu que fica na cidade de Exu, no Sertão de Pernambuco. Devido a
falta de recursos, dificuldades de manter as despesas com funcionários e a
manutenção, o espaço poderá fechar as portas.
Desde o ano de 1999, o
parque é administrado por uma Organização Não governamental (ONG), mas ela está
tendo dificuldade de manter o funcionamento. “A ong tem dez funcionários de
carteira assinada, o que dá uma folha de pagamento de R$12 mil reais, quando
você soma todas as despesas fixas, com outras despesas que nós temos, a gente
soma R$20 mil reais de despesas fixas por mês. Estamos arrecadando em torno de
R$10 a R$12 mil reais”, explica o presidente da Ong Parque Aza Branca, Júnior
Parente.
Segundo Júnior, o
governo do estado que sempre foi um dos parceiros na manutenção do local, não
está mais tão presente como antes. “A parceria do governo estadual, nesses
últimos anos, vem sendo quase que exclusivamente para promoção de festas”.
Uma reserva financeira
dos tempos em que o número de visitas era maior é que está mantendo o parque
aberto. Mas, o dinheiro deve acabar em seis meses. A funcionária Milena da
Costa disse que houve queda no número de visitantes do parque. “De um ano pra
cá ,o movimento caiu mais de 50%”, revela.
Uma das fontes de renda
do parque é a vendas de lembrancinhas e cobrança da entrada que custa R$4. “A
gente passa aqui pra reviver essa história tão bonita de Luiz Gonzaga e comprar
essa lembrancinha para levar para os nossos familiares e amigos”, conta o
empresário Sandro Pereira.
No parque fica a casa
que Luiz Gonzaga morou com os móveis da época, o mausoléu, onde o corpo do rei
do baião está sepultado. Além da réplica da casa de reboco, onde o músico
nasceu e o pé de juazeiro, cantinho de muitos encontros.
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