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segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Pesquisa: Nas redes sociais, eleitores ignoram totalmente as propostas de candidatos


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Os eleitores ativos nas redes sociais reagiram a uma infinidade de assuntos diferentes, geralmente pautados pela mídia, e fizeram muitas piadas. Porém, só houve engajamento em massa nos dez últimos dias antes do pleito. Estas foram algumas das conclusões de um estudo sobre o comportamento da internet nas eleições presidenciais de 2014.

Feita pela consultoria Medialogue, a pesquisa utilizou dados coletados no Facebook e no Twitter de 05 de julho a 05 de outubro, data do primeiro turno das eleições, que mencionassem os então candidatos que foram ao segundo turno, a vencedora Dilma Rousseff (PT) e o segundo colocado Aécio Neves (PSDB).

A conversa, em geral, não foi exatamente edificante. Apenas 4% das postagens foram em torno das propostas de governo dos candidatos. Para comparação, piadas e memes responderam pelo quádruplo de postagens.

A grande maioria das conversas (70%) foi de reações ao noticiário, principalmente pautada pelos grandes jornais, emissoras de TV e institutos de pesquisa.

Entre os jornais, a Folha de São Paulo foi a que mais gerou discussão, respondendo por 11% do total. Já entre os institutos de pesquisa, o que mais gerou conversas foi o Datafolha (5,1% da discussão total). Nos debates, o que mais gerou postagens foi o da Rede Globo, três dias antes do pleito, seguido pelo da CNBB, que ganhou destaque pela troca de farpas envolvendo Aécio Neves (PSDB) e a candidata Luciana Genro (PSOL). É o ponto alto das eleições, quando se fala em engajamento dos usuários das redes sociais.

Ao todo, 10 milhões de pessoas falaram sobre eleições no período analisado. Porém, um quarto das postagens foi feita nos últimos dez dias. Segundo o estudo, este dado indica que o usuário médio só se engajou no tema ao final da campanha, e no restante do tempo é provável que houve a chamada “pregação para convertidos” ­ou seja, eram de pessoas que já tinham definido voto.

Outra característica interessante levantada pelo estudo é como os assuntos mudam rapidamente ao longo do processo eleitoral. Em um dos dias da campanha os internautas chegaram a discutir 40 polêmicas diferentes.

Para 2016, em um cenário de redução de verba para a campanha devido ao fim das doações empresariais, estar presente nas redes sociais terá ainda mais importância, mas só se isso ocorrer de forma consistente.

Fonte: Folhapress

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