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sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Avanço do Zika e da microcefalia assustam o mundo em 2016



Agência Brasil

O aumento de casos de microcefalia possivelmente associados à infecção por um vírus ainda pouco conhecido foi identificado no Brasil pela primeira vez em outubro do ano passado. Mas, em 2016, ano em que a relação entre o Zika e a microcefalia deixou de ser dúvida, o número de bebês com a malformação no país ultrapassou a marca de 2 mil.

Em 2016, o problema antes aparentemente limitado à Região Nordeste se alastrou pelo restante do país, atingindo também outras nações e, virtualmente, todo continente americano. O cenário levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a recomendar que as mulheres adiassem a gestação e a declarar, em fevereiro de 2016, emergência global em saúde.

A preocupação aumentou em meio a pesquisas que indicam que os efeitos do vírus no bebê podem ir além do quadro de microcefalia – incluindo diversos comprometimentos motores, visuais e auditivos. Em novembro, o Ministério da Saúde anunciou que bebês de mães infectadas durante a gravidez, ainda que não apresentem sintomas no nascimento, serão acompanhados até os 3 anos de idade.

Transmissão sexual

Em fevereiro, os Estados Unidos confirmaram que o vírus também pode ser transmitido sexualmente, aumentando o temor de uma propagação rápida da doença. Conter novos casos de transmissão de Zika por via sexual passou a entrar no rol de esforços da OMS e de governos de todo o mundo para conter a epidemia.

A entidade chegou a alertar que a epidemia de Zika poderia afetar entre 3 e 4 milhões de pessoas em todo o Continente Americano. Brasil e a Colômbia foram os países onde mais ocorreram registros de casos de infecção ou suspeita de infecção.

Olimpíadas do Rio

A epidemia do vírus também preocupou autoridades e organizadores envolvidos nos Jogos Olímpicos Rio 2016. O governo brasileiro chegou a enviar cartas a todos os atletas que anunciaram publicamente a não participação dos Jogos temendo o Zika, pedindo que reconsiderassem vir ao país para participar da competição.

Após a polêmica, a OMS divulgou nota garantindo que não foram relatados casos confirmados da doença entre participantes do evento, tanto atletas quanto turistas. O Comitê de Emergência sobre Zika e Microcefalia da entidade parabenizou o Brasil pelas medidas de saúde tomadas durante a Olimpíada.

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