Agência Brasil
A previsão da
Organização Mundial do Comércio (OMC) para 2017 é que as trocas mundiais
crescerão em ritmo mais lento. A possibilidade de maior protecionismo dos
Estados Unidos com o governo de Donald Trump aumenta as incertezas sobre o
tema. Analistas confirmam que o republicano traz insegurança, mas esperam que
Trump recue em algumas promessas de campanha e seja contido pelo Congresso
norte-americano. No Brasil, exportações e importações devem esboçar
recuperação, mas dependem também do comércio global.
O gerente de Comércio
Exterior da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Diego Bonomo, diz que a
tendência do setor privado em relação a Trump é manter o compasso de espera.
“Sempre há uma diferença entre a retórica na campanha e aquilo que é a política
do governo. O que a gente tem acompanhado da montagem do ministério dele é que
tem um perfil pró-negócio.”
Bonomo cita a nomeação
do empresário Rex Tillerson, da gigante petrolífera ExxonMobil, para secretário
de Estado e de Steven Mnuchin, ex-banqueiro do Goldman Sachs, para secretário
do Tesouro. Segundo o gerente da CNI, o nome crucial para o comércio exterior
ainda não foi anunciado, o do representante comercial dos EUA. O escritório,
ligado à Casa Branca, tem status de ministério.
“A gente também percebe
que já houve uma mudança parcial no discurso [de Trump]. Na campanha, tinha uma
retórica de que acordos comerciais são ruins, destroem empregos dentro dos
Estados Unidos. Agora, o discurso é que existem acordos bons e ruins, que é
preciso denunciar os ruins, manter os bons e modificar o que precisa ser
modificado”, pondera Bonomo.
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