Agência Brasil
Apenas 77 pessoas tiveram nota mil, a nota máxima na
redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), conforme balanço divulgado
hoje (18) pelo Ministério da Educação (MEC). O número de notas máximas foi bem
abaixo das 104 registradas em 2015. De acordo com o MEC, 6,1 milhões de
estudantes fizeram o exame em 2016.
Os temas das redações do Enem foram "Caminhos para
combater a intolerância religiosa no Brasil”, nos dias 5 e 6 de novembro,
quando a maior parte dos candidatos fez a prova; e “Caminhos para combater o
racismo no Brasil”, nos dias 3 e 4 de dezembro. Em 2016, devido às ocupações de
escolas e universidades por grupos contrários a mudanças educacionais no
Brasil, o Enem foi adiado para alguns participantes.
“Acho que é algo absolutamente esperado. Como tem
populações diferentes todos os anos fazendo o Enem, essa comparabilidade de
medias tem que ser cuidadosa porque as populações são diferenciadas”, ponderou
em coletiva de imprensa a presidente do Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini.
Para a secretária executiva do MEC, Maria Helena
Guimarães de Castro, o desempenho na redação está também ligado ao desempenho
em linguagens. A prova de linguagens, no Último Enem, registrou a menor nota
mínima (287,5) e a menor nota máxima (846,4). “Há, claramente, um desempenho
mais insuficiente em linguagens do que nas outras áreas, o que reforça o que as
avaliações nacionais já indicam, que é a enorme dificuldade de leitura e
escrita dos nossos alunos”, segundo a secretária.
A prova de redação é a única de caráter subjetivo no
Enem. Os estudantes são avaliados, entre outros critérios, quanto ao domínio da
escrita formal da língua portuguesa, à compreensão e aplicação de conceitos nas
áreas de conhecimento, à organização e interpretação de informações e à
elaboração de proposta de intervenção.
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