Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil
Os casos de dengue e Zika no Brasil devem se manter
estáveis neste ano em relação ao ano passado, enquanto as infecções por
chikungunya devem aumentar ainda mais. Este é o cenário previsto por
especialistas do Ministério da Saúde para 2017.
Dados da pasta revelam que, em 2016, foram registrados
1,4 milhão de casos de dengue contra 1,6 milhão no ano anterior, além de 211
mil casos prováveis de infecção por Zika (não há comparativo com o ano anterior
porque os dados só começaram a ser coletados em outubro de 2015).
Em relação à febre chikungunya, os registros apontam para
263 mil casos em 2016 contra 36 mil no ano anterior – um aumento de cerca de
620%.
“O mosquito pica alguém, recebe o vírus e passa para
outra pessoa. Como cresceu o número de pessoas que têm [o vírus], entendemos
que haverá uma ampliação [dos casos]”, explicou o ministro da Saúde, Ricardo
Barros.
A doença
A febre chikungunya é uma doença infecciosa febril que
pode ser transmitida pelos mosquitosAedes aegypti e Aedes albopictus.
O termo significa “aqueles que se dobram” em swahili, um dos idiomas da
Tanzânia, e refere-se à aparência curvada de pacientes que foram atendidos na
primeira epidemia documentada no Leste da África entre 1952 e 1953.
O Ministério da Saúde definiu que devem ser considerados
casos suspeitos todos os pacientes que apresentarem febre de início súbito
maior de 38,5ºC, dor articular ou artrite intensa com início agudo e que tenham
histórico recente de viagem às áreas nas quais o vírus circula de forma contínua.
Os sintomas podem ter início entre dois e dez dias após a
picada, sendo que o prazo pode chegar a 12 dias. O vírus pode afetar pessoas de
qualquer idade ou sexo, mas os sinais e sintomas tendem a ser mais intensos em
crianças e idosos. Além disso, pessoas com doenças crônicas têm mais chance de
desenvolver formas graves da doença.
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