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sábado, 21 de janeiro de 2017

Cerca de 30% dos municípios sofreram ataques a bancos em Pernambuco em 2016, diz sindicato



Pelo menos 30% dos municípios pernambucanos registraram casos de investidas violentas contra agências e correspondentes bancários em 2016. Os dados, apresentados pelo Sindicato dos Bancários nesta sexta-feira (20), apontam ainda um total de 346 ações criminosas durante o ano passado, com mais de metade das cidades atingidas no Agreste do estado.

De acordo com o sindicato, foram 250 arrombamentos ou explosões em caixas eletrônicos, agências bancárias e dos Correios, além de 34 assaltos à mão armada. Ao longo de 2016, também foram registradas 36 investidas contra Casas Lotéricas e Caixa Aqui.

Ainda segundo a entidade, também houve 10 ataques a carros-fortes e 16 sequestros, sendo cinco de funcionários de agências bancárias e 11 dos Correios. Já entre os equipamentos levados pelos criminosos, foram roubadas 174 armas, 204 projéteis e cartuchos, e 26 coletes.

Para a presidente do sindicato, Suzineide Rodrigues, os números evidenciariam uma falta de compromisso do poder público com a segurança da população. “Vemos a polícia dizendo que está investigando, mas não vemos resultados. Não acho que a polícia esteja cumprindo o seu papel, seja por falta de estrutura ou de investimento”, afirmou.

O sindicato também vai pedir à Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) para que todos os municípios possam adotar uma lei semelhante à lei do Recife 17.684/2010. A legislação da Capital obriga os bancos a instalarem equipamentos de segurança, como vidros blindados, porta com detectores de metais e câmeras.

Saúde dos funcionários – Para o diretor do sindicato, João Rufino, a maior preocupação, depois do susto causado pelas ações criminosas, é com a saúde dos funcionários. “Muitos dos nossos colegas precisam se aposentar depois dessas ações”, afirmou. Somente em 2016, dos 712 comunicados de acidentes de trabalho que o sindicato recebeu, 230 se tratavam de doenças psiquiátricas, muitas que teriam sido causadas por traumas após as ações criminosas.

“Saúde” dos municípios atingidos – O sindicato lembrou também da situação econômica que fica os municípios atingidos por essas investidas. “Muitas pessoas precisam se deslocar para outras cidades e lá mesmo fazem suas compras, acabando com o comércio de suas cidades de origem”, lembrou Suzineide. As grandes filas em bancos que recebem clientes vindos de outras cidades também foi destacado.

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