Durante o Fórum Mundial
de Davos, que reuniu milhares de participantes de 100 países diferentes,
incluindo empresários, além de chefes de Estado e de governo, a diretora-geral
do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde defendeu que os
países devem dar prioridade ao combate à desigualdade.
Para o líder do PT no
Senado, Humberto Costa, a afirmação de Lagarde é muito importante e vem
comprovar o que ele sempre falou. “A diretora do FMI está com a razão quando
diz que um país precisa combater a desigualdade social para poder crescer. É o
que sempre pregamos, investir em políticas sociais não é ‘dar esmolas’, é atuar
em uma política que tem como objetivo acabar com essas desigualdades que sempre
existiram no Brasil”, ratificou Humberto.
Christine Lagarde falou
que a desigualdade social deveria estar no centro das atenções dos economistas
e chefes de estado se eles quiserem um crescimento sustentável e, como
consequência, uma classe média forte. "Nosso argumento é de que, se há
excesso de desigualdade, isso é contraproducente para o crescimento sustentável
ao qual os membros do G-20 aspiram", disse.
Humberto Costa disse que
o governo não eleito de Temer vai na contramão do que Lagarde defende. “O
golpista do Temer está fazendo exatamente ao contrário. Esse governo é de total
arrocho à população mais pobre e tem como objetivo destruir qualquer tipo de
avanço no combate às desigualdades. Aqui no Brasil, infelizmente, o foco é
acabar com todos os direitos sociais adquiridos nos últimos anos”, lamentou o
parlamentar.
Em 2013, em um relatório
assinado por especialistas do FMI, apontou que políticas de controle de gastos
públicos, como a PEC 55, resultam na geração de desemprego a curto prazo, o que
contribui para a contração da classe médio e o aumento do fosso social entre
ricos e pobres. “Esse estudo do FMI comprova que a chamada PEC da Maldade, já
aprovada, tende a piorar, e muito, a desigualdade social. É muito mais que um
pacote de aumento de impostos. O que teremos é mais desemprego, mais gente
passando fome e um retrocesso sem tamanho com essa lei que impõe o limite de
gastos. Em um curto espaço de tempo teremos mais miseráveis nas ruas no nosso
País”, afirmou Humberto.
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