A Justiça dos Estados
Unidos determinou, na noite desse sábado (28), a permanência nos Estados Unidos
de refugiados e imigrantes de sete países muçulmanos que estavam prestes a
serem deportados em razão de uma ordem executiva do presidente Donald Trump que
barrava a entrada de cidadãos do Iraque, Síria, Irã, Sudão, Líbia, Somália e
Iêmen. Quando a ordem do presidente Trump foi anunciada, na última sexta-feira
(27), entre 100 e 200 pessoas estavam em voo para os Estados Unidos ou já se
encontravam em solo americano. Elas foram detidas e aguardavam ser deportadas,
apesar de terem visto para entrar no país.
A suspensão foi decidida
pela juíza Ann Donnelly, da corte distrital de Brooklyn, em Nova York, e vai
contra o veto aplicado pelo presidente Donald Trump à entrada de imigrantes e
refugiados, principalmente de países com população de maioria muçulmana. No entanto,
a decisão da corte se limita a autorizar que as pessoas atualmente detidas em
aeroportos sejam liberadas. Instâncias superiores da Justiça americana ainda
vão examinar queixas de advogados e instituições de direitos humanos contra o
mérito da ordem executiva do presidente Trump.
Desde que assumiu a
presidência, no dia 20 de janeiro, o presidente tem tomado a maior parte de
suas decisões por meio de ordens executivas, por terem efeito imediato. Porém,
a ordem para barrar a entrada de imigrantes e refugiados provocou caos nos
principais aeroportos dos Estados Unidos, onde houve filas imensas para a
checagem de documentação de passageiros, e também em aeroportos do exterior,
onde alguns viajantes que se preparavam para ir aos Estados Unidos, receberam instruções
para voltar a seus locais ou países de origem.
No Aeroporto JF Kennedy,
em Nova York, uma multidão se formou para dar apoio aos refugiados e
imigrantes. Centenas de pessoas levaram cartazes e gritavam palavras de
protesto durante a tarde e a noite de sábado contra a ordem executiva adotada
pelo presidente Donald Trump e a favor das pessoas detidas.
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