O Sertão do Pajeú pernambucano está em festa. O começo de janeiro vem acompanhado da tradicional Festa de Louro – antiga Festa de Reis – no município de São José do Egito, a 383 km do Recife.
A edição, que começa hoje e vai até o dia 6 de janeiro, homenageia os 102 anos do nascimento de Lourival Batista Patriota (o Louro do Pajeú) e o centenário de Zezé Lulu. Também haverá outras homenagens, como ao poeta e escritor Dedé Monteiro, tabiriense que recentemente ganhou o título de Patrimônio Vivo.
As principais homenagens são direcionadas aos dois
históricos violeiros e ao que os rodeou durante suas vidas inteiras: a poesia
popular. O evento exibe filmes, realiza debates e oficinas, promove o
lançamento dos livrosReligiosidade Popular – França e Pernambuco: Diálogos,
expressões e conexões, de Silvério Pessoa, e Pífanos do Sertão,
mapeamento e pesquisa sobre as Bandas de Pífanos dos Sertões do Pajeú, Moxotó e
Central de Pernambuco, de Amaro Filho e Cacá Malaquias.
CANCIONEIRO
A festa também apresenta a música e a poesia de
diversos artistas da cultura nordestina, entre eles, Vertim Moura, Bia Marinho,
Val Patriota e Tonfil; Petrônio e as Criaturas, Rodrigo Marinho e MPB Xote,
Luizinho de Serra e Spok Quinteto.
“Em mais um aniversário/ O Mestre do Trocadilho/
Enobrece o calendário/ Reforça nosso estribilho/ Num janeiro pra dois reis/
Nossa Festa desta vez/ Chama todo o Pajeú/ Pra juntar num só Tesouro/ 102 Anos
de Louro/ E 100 de Zezé Lulu!”, escreveram os netos de Louro, Antônio, Miguel e
Greg, que formam o Em Canto e Poesia.
Bastava dar o mote – uma frase ou qualquer
palavrinha que algum amigo soltasse - para Louro do Pajeú emendar e fazer
poesia na hora, no improviso, impressionando outros cantores rivais e o
felizardo público presente nesses momentos históricos. Louro não era
simplesmente um poeta. Ele fez da vida poesia, e da própria casa, a morada de
todos os poetas que chegavam a São José do Egito. (Jc Online)
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