O governo federal reconheceu situação de emergência em 64
cidades devido ao surto de febre amarela. As portarias foram publicadas no Diário
Oficial da União de hoje (20) pela Secretaria Nacional de Proteção e
Defesa Civil (Sedec), vinculada ao Ministério da Integração Nacional.
Embora situadas em regiões afetadas pelo surto, três das
cidades mineiras beneficiadas pela medida, e que são sedes regionais de saúde,
não têm nenhum caso confirmado de febre amarela. Conforme o último boletim
epidemiológico da Secretaria de Saúde de Minas Gerais, divulgado na sexta-feira
(17), Coronel Fabriciano, Governador Valadares e Manhumirim contabilizam juntas
sete casos em investigação e três foram descartados. Também não há mortes
suspeitas entre os moradores destas cidades. Por outro lado, como são
municípios mais estruturados, suas unidades de saúde estão recebendo pacientes
de cidades vizinhas.
De acordo com o Ministério da Integração Nacional, entre
os critérios para reconhecimento da situação de emergência, estão a dificuldade
no controle da doença, a existência de danos humanos consideráveis e a
possibilidade de se normalizar a situação a partir do apoio complementar dos
governos estaduais ou federal. No início do mês passado, o governador mineiro
Fernando Pimentel também havia decretado situação de emergência em saúde públicaem uma área que abrange 152
municípios.
Outro município de Minas Gerais com situação de
emergência reconhecida pelo governo federal é Teófilo Otoni (também é cidade de
referência), que tem nove confirmações para a doença e mais 24 casos em
investigação. O município também confirmou sete mortes por febre amarela e há mais
17 sendo analisadas.
Próximos a Teófilo Otoni estão as duas cidades com maior
quantidade de óbitos confirmados. Ladainha, a cerca de 70 quilômetros, registra
12 mortes por febre amarela. Em Itambacuri, distante 35 quilômetros, oito
vítimas morreram em decorrência da doença.
Além das cidades mineiras, o município capixaba Ibatiba
também teve reconhecida a situação de emergência. Não há nenhuma confirmação da
doença entre seus moradores, mas há oito casos suspeitos e, em cinco deles, os
pacientes estão em estado grave.
As portarias listam as cidades de Coronel Fabriciano,
Governador Valadares, Manhumirim e Teófilo Otoni, em Minas Gerais, e Ibatiba,
no Espírito Santo, para que solicitem apoio emergencial para ações de socorro e
assistência à população. No final do dia, o Ministério da Saúde informou esses
municípios são sedes das unidades regionais de Saúde, que abrangem mais cidades
com casos registrados ou suspeitos de febre amarela.
As cidades em situação de emergência são: Água Boa,
Aimorés, Alpercata, Alvarenga, Bom Jesus do Galho, Caraí, Caratinga, Chalé,
Conceição de Ipanema, Conselheiro Pena, Coronel Fabriciano, Durandé, Entre
Folhas, Espera Feliz, Frei Gaspar, Frei Lagonegro, Governador Valadares, Imbé
de Minas, Inhapim, Ipaba, Ipanema, Ipatinga, Itaipé, Itambacuri, Itanhomi,
Itueta, José Raydan, Ladainha, Lajinha, Malacacheta, Manhuaçu, Manhumirim,
Martins Soares, Mutum, Nanuque, Novo Cruzeiro, Orizânia, Padre Paraíso,
Peçanha, Piedade de Caratinga, Pocrane, Poté, Reduto, Resplendor, Santa Bárbara
do Leste, Santa Maria do Suaçuí, Santa Rita de Minas, Santa Rita do Itueto,
Santana do Manhuaçu, Santana do Paraíso, São João do Manhuaçu, São João da
Manteninha, São João Evagelista, São José do Jacuri, São José do Mantimento,
São Pedro do Suaçuí, São Sebastião do Maranhão, Setubinha, Simonésia, Taparuba,
Tarumirim,Teófilo Otoni e Ubaporanga.(Agencia Brasil)
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