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Jovens entre 15 e 29 anos agora podem realizar viagens
interestaduais de ônibus e trens gratuitamente, desde que apresentem renda
familiar de até dois salários mínimos (ou seja, R$ 1.874). O direito, previsto
no Estatuto da Juventude, em vigor desde 2013, foi regulamentado pela Agência
Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) no início de janeiro. De acordo com dados
do governo federal, a medida deve impactar 18 milhões de pessoas.
No Brasil, cerca de 35% dos jovens nessa faixa etária tem
renda de até dois salários mínimos segundo informações do último Censo
Demográfico realizado pelo IBGE em 2010. A notícia é boa para os jovens e
também para o setor turístico.
“Com essa medida, o fluxo de jovens viajando tende a aumentar.
Não acredito tanto no impacto para os hoteleiros, já que pessoas nessa faixa
etária geralmente não ficam em hotéis. Mas com certeza vai movimentar bares,
restaurantes e pousadas de pequeno porte, além de pontos turísticos voltados
para jovens”, opina o presidente do Recife Convention & Visitors Bureau,
Bruno Herbert.
CADASTRO
Para acessar o benefício, os jovens dentro da idade e
renda permitidas devem se inscrever no Identidade Jovem, que dispõe de
aplicativo e também recebe cadastros pelo site https://goo.gl/7Wtc11. Na hora
do cadastro, é requerido o Número de Identificação Social (NIS), atribuído pela
Caixa Econômica Federal às pessoas que serão beneficiadas por algum programa ou
projeto social.
De acordo com a lei, todos os ônibus que realizam viagens
interestaduais devem reservar duas vagas gratuitas para o cumprimento do
benefício. Outras duas devem ser asseguradas com desconto de pelo menos 50% do
valor total da passagem. O jovem beneficiado deve realizar a compra das
passagens até três horas antes do horário programado da viagem.
Estudante e profissional autônomo, Rhanyel Fernandes, 22,
viaja pelo menos uma vez a cada dois meses para estados vizinhos. Geralmente, o
objetivo do jovem é fazer provas de concurso público ou ir a um congresso
universitário. “Quando tenho um congresso ou evento fora, a passagem pesa. Às
vezes, chego a gastar 30% do meu salário assim. Essa medida vai ser muito boa,
até porque aliviando de um lado, posso gastar mais com alimentação, por
exemplo”, revela.
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