A Polícia Rodoviária
Federal (PRF) divulgou o balanço de 2016 com redução nos índices que medem a
violência no trânsito em rodovias federais de Pernambuco. Em comparação a 2015,
o Órgão registrou reduções de 28,7% na quantidade total de acidentes, de 9,4%
na quantidade de feridos graves, de 6,8% no número de óbitos e de 5% no número
de acidentes graves, nas BRs que cortam o estado. São classificados como
acidentes graves aqueles em que se registra pelo menos um ferido grave ou um
óbito.
Nas rodovias federais de
Pernambuco, foram registrados 5.082 acidentes em 2015, contra 3.624 em 2016. Em
parte essa redução ocorreu com a implantação da Declaração Eletrônica de
Acidentes (e-DAT), em que o próprio motorista registra o acidente quando não há
vítimas. Já a quantidade de acidentes graves reduziu de 1.119, em 2015, para
1.063 no ano passado. O número de feridos graves caiu de 1.104 para 1.000, em
2016. Já o número de óbitos também diminuiu, de 410 para 387.
O resultado é reflexo da
estratégia operacional da PRF, que realiza campanhas de conscientização,
operações pontuais em épocas de intensificação de deslocamentos, tal como
férias e festas de final de ano, e reforços de policiamento em pontos críticos
em rodovias de todo o país. No ano passado, a PRF também emitiu 116.300
autuações por diversas infrações em Pernambuco, enquanto em 2015 foram
registradas 96.863 autos de infração nas rodovias federais do estado, um
aumento de cerca de 20%.
DADOS NACIONAIS – Em
2016, ocorreram 20.994 acidentes graves em rodovias federais do país, contra
21.854 ocorrências em 2015. A PRF contribuiu com a redução por meio de trabalho
de fiscalização e de conscientização realizado durante todo o ano. A
conscientização do motorista ocorre por meio de operações voltadas para a
educação para o trânsito. Desde dezembro de 2016, por exemplo, a PRF executa a
Operação RodoVida. Em sua sexta edição, a RodoVida é esforço interministerial
para redução da violência no trânsito e que conta com reforço no efetivo da PRF
em todo o Brasil. Neste ano a operação vai até o início de março, após o
carnaval.
Ao todo, foram 21.439
feridos graves e 6.405 mortos em decorrência desses acidentes. Em comparação a
2015, houve uma redução de 4,8% no número de feridos graves – em 2015 foram
22.517. Os óbitos nas rodovias também caíram. Em 2015 foram 6.871 – redução de
6,8%.
REDUÇÃO DE ACIDENTES
– O número geral de acidentes – com ilesos, feridos leves ou graves – foi
o que sofreu maior queda: em 2016 a PRF registrou um número 21% menor do que o
número de acidentes em 2015. Enquanto em 2015 foram registrados 122.090
acidentes nos 70.000 quilômetros de rodovias federais brasileiras sob os
cuidados da instituição, em 2016 este número caiu para 96.296 acidentes
registrados e atendidos pela PRF.
e-DAT – Desde 2015
a Polícia Rodoviária Federal disponibiliza aos usuários de rodovias o sistema
e-DAT, que é a Declaração Eletrônica de Acidentes de Trânsito, instrumento
oficial para registro pela internet de ocorrências de acidentes em rodovia
federal.
Podem ser registrados
via e-Dat aqueles acidentes de natureza simples (aqueles com pequenos danos nos
veículos, como, por exemplo, leves avarias nas partes externas), que, em geral,
estão relacionadas a acidentes de pequena monta; acidentes sem vítimas, que não
tenham provocado dano ao meio ambiente ou ao patrimônio público; sem
envolvimento de veículos oficiais, sem correlação com crime de trânsito
(alcoolemia, por exemplo); que não tenham provocado interrupções de pista entre
outros requisitos.
Confira todos em https://www.prf.gov.br/portal/atendimento-a-acidentes/declaracao-eletronica-de-acidente-de-transito-e-dat
Confira todos em https://www.prf.gov.br/portal/atendimento-a-acidentes/declaracao-eletronica-de-acidente-de-transito-e-dat
EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
E FISCALIZAÇÃO – Além do patrulhamento ostensivo, por meio do qual a PRF
fiscalizou 7.482.800 veículos e mais de sete milhões de pessoas em 2016, ações
educativas também foram promovidas buscando sensibilizar motoristas e
passageiros de seus papéis na construção de um trânsito mais seguro. Durante as
fiscalizações, em alguns postos, condutores abordados, enquanto aguardaram os
procedimentos, foram convidados a assistir a vídeos que mostram comportamentos
inadequados no trânsito e as consequências dessas condutas. A intenção é
mostrar que a correta conduta do motorista é fundamental para a redução da
violência no trânsito.
Mesmo com campanhas
sobre o comportamento do motorista, a PRF emitiu 5.589.851 autos de infração
durante todo o ano de 2016 – número 3,3% maior do que em 2015, quando a PRF
registrou 5.410.234 autos de infração em todo o Brasil. A conduta que resultou
no maior número de infrações nas rodovias federais foi o excesso de velocidade.
Do total de autos de infração, 3.272.673 foram para motoristas que dirigiram
acima da velocidade da via.
Ao todo, 269.520
motoristas receberam autos de infração por realizarem ultrapassagens indevidas
– conduta que causa o maior número de mortes em acidentes nas rodovias federais
pela gravidade do acidente, que geralmente é frontal.
Em 2016, 21.405 motoristas também foram flagrados dirigindo sob a influência de álcool e foram notificados pela PRF. Destes, 5.653 motoristas foram presos, pois apresentaram índice de álcool no sangue acima do permitido, configurando-se crime de trânsito.
Já a falta do uso do
cinto de segurança – tanto por motoristas quanto por passageiros – resultou em
233.364 autos de infração em todo o ano passado.
OPERAÇÃO INTEGRADA
RODOVIDA – A Operação Rodovida, começou em dezembro de 2016 e tem por
objetivo prevenir acidentes e diminuir a violência no trânsito nas rodovias
federais durante o período de fim de ano, férias escolares e carnaval, quando o
movimento nas estradas é intenso. Ocorrendo simultaneamente em todo o Brasil, a
operação ocorre de forma integrada com órgãos de trânsito dos estados e dos
municípios, e segue até o início do mês de março deste ano, com prioridade na
atuação em pontos críticos das rodovias federais. Esses pontos foram elencados
por meio de análises de dados estatísticos que apontam trechos com maior
necessidade de reforço na fiscalização.
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