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Quem foi à sede do Departamento Estadual de Trânsito de
Pernambuco (Detran-PE), no bairro da Iputinga, na Zona Oeste do Recife,
encontrou as portas fechadas na manhã desta sexta-feira (17). Apesar de ter
sido decretada ilegal pela Justiça, na tarde dessa quinta-feira (16), e ter
sido dado o prazo de 24h para o retorno às atividades, os servidores do órgão
continuam com as atividades paralisadas.
A decisão, do desembargador Eduardo Augusto de Paurá,
também determina que, se a categoria não voltar às atividades, será aplicada
uma multa diária de R$ 30 mil. "Quero dizer que não foi decretada a
ilegalidade. Foi instituída uma multa, nos dando o direito de defesa. Vamos
fazer a defesa e continuar nosso movimento", declarou, à Rádio Jornal,
Alexandre Bulhões, presidente do Sindicato dos Servidores do Detran-PE
(Sindetran-PE). A greve teve início na última segunda-feira (13). Cerca de
1.300 servidores cruzaram os braços.
O estudante de educação física, Josenildo Júnior, esteve
na sede do Detran-PE na manhã de hoje para pegar a Carteira Nacional de Habilitação
(CNH), mas não foi atendido. "Eu fiz o agendamento e fui informado, agora
de manhã, que não teria atendimento. É um absurdo ficar 100% dos servidores sem
trabalhar. A gente sabe que o correto é 30%. Esta greve é injusta com o cidadão
e prejudica todo mundo", relatou o estadutante. A dona de casa,
Luciana Maria, compartilha da opinião de Josenildo. "A gente fica com a
habilitação presa. Se amanhã eu for pega em uma blitz, ninguém vai me
ajudar", acrescenta.
Greve
Após uma assembleia realizada na quarta-feira (8) pelo
Sindetran-PE, na sede do órgão, a categoria deu o prazo ao Governo de
Pernambuco até a segunda-feira (13) para que houvesse diálogo sobre a pauta de
reivindicações. Como não houve, os servidores decretaram greve.
Segundo o Sindicato, a greve acontece devido ao não
cumprimento dos acordos firmados com o Governo em 2015 e 2016. A categoria pede
a contratação de plano de saúde, pagamento de adicional de insalubridade para
os funcionários que trabalham em vistoria de veículos e pagamento de
gratificação para os servidores que trabalham no pátio de exames. Além disto, a
categoria pede a reposição salarial de 27% e reestruturação do Plano de Cargos,
Carreiras e Vencimento (PCCV).
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