A cidade de Sertânia, distante 314 km do Recife,
continuará a receber água pela rede de distribuição, apesar dos dois mananciais
que atendem a cidade estarem em colapso, consequência da estiagem prolongada em
Pernambuco. A Compesa finalizou, esta semana, a fase de testes do novo
trecho do ramal da Adutora de Jatobá, responsável pelo abastecimento da cidade.
A obra custou R$ 4 milhões e foi executada pela Casa Militar, com recursos do
Ministério da Integração Nacional.
Foram substituídos 12 mil metros da adutora, de
tubulações antigas em PVC por outras em ferro, o que irá garantir maior
confiabilidade operacional a distribuição de água do município, já que o trecho
antigo apresentava constantes vazamentos. Segundo o diretor Regional do
Interior, Marconi de Azevedo, além de evitar os frequentes vazamentos ainda
conseguimos aumentar a vazão do sistema de 16 para 20 litros de água por
segundo.
Quando os mananciais Açude da Barra, operado pelo DNOCS e
o Açude Cachoeira I, mantido pelo IPA, secaram, a Compesa perdeu as duas fontes
de abastecimento da cidade. O Açude da Barra, quando cheio, contribuiu com
2.738 milhões metros cúbicos de água e o Cachoeira I com 5.950 milhões metros
cúbicos. Para manter o abastecimento da cidade, a solução encontrada pela
companhia foi transportar água da Adutora de Jatobá, dos poços profundos em
Ibimirim.
Um calendário de distribuição foi implantado, de três
dias com água contra 24 dias sem, porém, esse calendário não conseguia ser
cumprido em função do estado da adutora, muito antiga, e que apresentava cerca
de 10 vazamentos por mês. Essa necessidade constante de paralisação do
sistema, fazia com os moradores tivessem o fornecimento de água suspenso para
os serviços de manutenção, e com isso, o calendário não era cumprido. “Com a
substituição do trecho da adutora, conseguiremos manter agora o calendário
estabelecido e a população saberá exatamente o dia que receberá água”, observou
Marconi de Azevedo.
O diretor explicou também que os constantes vazamentos
também eram provocados pela alta temperatura da Adutora de Jatobá, captada em
poços de mais de 700 metros de profundidade, no município de Ibimirim. “A
tubulação em PVC foi se fragilizando com o passar do tempo e os rompimentos se
tornaram constantes, afetando o abastecimento da cidade”, relata Marconi de
Azevedo.
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