O Chile decidiu retirar a suspensão total à importação da
carne brasileira, mas manteve a proibição da entrada de produtos dos 21 frigoríficos investigados pela Operação Carne
Fraca, da Polícia Federal. A informação foi divulgada hoje (25) pelo Serviço
Agrícola e Pecuarista do Chile. O país havia anunciado a suspensão temporária à
importação de carne do Brasil até que fossem prestados esclarecimentos sobre o caso.
A China e o Egito também anunciaram a reabertura para a importação de carne do
Brasil.
O órgão chileno justificou que a decisão foi tomada após
ter recebido explicações do Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil em
resposta ao pedido de informações detalhadas sobre as investigações da Polícia
Federal. O Chile informou que poderá suspender as importações de qualquer outro
estabelecimento que apareça posteriormente nas investigações.
A exemplo do Chile, o Egito e a China também mantiveram a
proibição para a importação da carne dos frigoríficos investigados e que
tiveram os certificados de exportação cassados pelo Ministério da Agricultura.
Mais cedo, o Ministério da Agricultura havia anunciado a “reabertura
total do mercado de carnes brasileiras” pela China.
O Egito havia imposto a proibição até que as autoridades
brasileiras fornecessem esclarecimentos considerados satisfatórios. O
Ministério da Agricultura egípcio declarou reconhecer a qualidade da carne
brasileira após exames feitos por três diferentes órgãos governamentais.
Pelo menos 19 países e a União Europeia suspenderam total
ou parcialmente as importações de carnes brasileiras após o anúncio da Operação
Carne Fraca. Outros quatro países, entre eles os Estados Unidos, reforçaram o
controle sanitário para entrada do produto brasileiro.
As investigações da PF apontam a existência de esquema
criminoso que envolve empresários do agronegócio e fiscais agropecuários que
facilitavam a emissão de certificados sanitários para alimentos inadequados
para o consumo.
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