O Estado de S.Paulo
Passado o recesso do carnaval, o governo abriu uma forte
ofensiva para ver aprovada na Câmara a reforma da Previdência com o mínimo de
mudanças no projeto original. Esse esforço, iniciado oficialmente nesta
sexta-feira, 3, inclui ameaça de retirada de cargos dos parlamentares da base
que votarem contra a medida; campanha nas redes sociais feita pelo PMDB
afirmando que programas sociais, como o Bolsa Família, acabarão sem a aprovação
da reforma, e o corpo a corpo que será retomado pelo ministro da Fazenda, Henrique
Meirelles, no Congresso.
Pela manhã, uma força-tarefa liderada pelo presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), esteve no gabinete de Meirelles. O que seria uma
reunião rápida durou cerca de duas horas e, ao final, Maia, que defendia regras
“mais escalonadas” para a transição ao regime de idade mínima de 65 anos para a
aposentadoria, deixou o Ministério informando que havia mudado de ideia.
“Até semana passada eu defendia que podia ter um período
um pouco maior, mas fui convencido de que não é necessário”, disse, na saída,
acompanhado do novo líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e
dos deputados José Carlos Aleluia (DEM-BA), Pauderney Avelino (DEM-AM), que
integram a tropa de choque do governo na Comissão que avalia a Proposta de Emenda
Constitucional (PEC) da reforma da Previdência.
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