Folha de S.Paulo
Com vários integrantes na mira da Lava Jato, o Planalto
evitou comentar as manifestações de apoio à operação realizadas em pelo menos
17 Estados e no Distrito Federal. No domingo (26), o presidente Michel
Temer reuniu-se com os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em um almoço oferecido pelo deputado Pauderney
Avelino (DEM-AM), em Brasília.
Assim como auxiliares de Michel Temer, participantes do
almoço preferiram não fazer comentários públicos sobre os atos pelo país.
Mesmo em reserva, um deles procurou não minimizar as
mobilizações. Disse que qualquer protesto é motivo de preocupação e respeito.
Sobre o modelo de reforma política que é discutido na
Câmara também ser alvo dos protestos, um dos comensais de Temer avaliou que é
preciso explicar melhor à população o sistema eleitoral vigente e as opções
existentes. Participantes do almoço negaram ter discutido os
desdobramentos da Lava Jato.
Há expectativa de que o relator dos processos ligados à
operação no STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Edson Fachin, decida nos
próximos dias sobre a abertura de inquérito da Procuradoria Geral da República,
decorrentes da delação de executivos da Odebrecht.
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