Agencia Brasil
O presidente Michel
Temer pediu aos ministros que intensifiquem o debate sobre a reforma da
Previdência em suas bases partidárias na Câmara dos Deputados e aperfeiçoem a
comunicação na base governista. Temer e o ministro da Casa Civil, Eliseu
Padilha, se reuniram com os ministros no Palácio do Planalto no final da tarde
de hoje (20).
“O governo precisa
ampliar sua capacidade de comunicação e esclarecimento junto à sociedade e, ao
mesmo tempo, convencer a base do governo de que a reforma é vital para o Brasil
e creio que isso seja possível. A gente tem que melhorar a comunicação”, disse
o ministro da Educação, Mendonça Filho, após a reunião.
Mendonça Filho, em
entrevista coletiva, disse que o Brasil “pode virar uma Grécia” caso não aprove
a reforma no Congresso Nacional. Segundo ele, o tema encontra resistência em
“corporações bastante mobilizadoras, fortes”, que rebatem os argumentos do
governo.
Apesar de reconhecer que
o texto saído do Planalto não será aprovado sem alterações, Mendonça Filho
reforçou que não há espaço para “grandes modificações”. “Não quer dizer que o
Parlamento não possa contribuir para o aprimoramento da proposta, mas grandes
modificações podem comprometer a eficácia da reforma da Previdência”.
Presente na reunião, o
líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), seguiu um raciocínio
parecido com o de Mendonça Filho e disse que o Congresso não pode “desfigurar a
reforma”, alterando o texto a partir do pedido de cada categoria trabalhista.
“O sentimento que temos que ter é de nação”. O deputado disse que a meta do
governo é aprovar a matéria na comissão especial em abril e que há “muita
desinformação” a respeito da reforma.
Na avaliação na base do
governo na Câmara, o discurso tem que ser aprofundado para esclarecer que o
brasileiro “não vai morrer trabalhando”, como disse Ribeiro, em alusão a
argumentos da oposição e de deputados da base aliada que têm criticado a
reforma.
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