Agência Brasil
Depois que os Estados Unidos lançaram a bomba GBU-43, a
mais potente do arsenal não-nuclear americano, conhecida como "mãe de
todas as bombas", os meios de comunicação russos lembraram hoje (14) que
Moscou guarda em seus arsenais o "pai", um projétil quatro vezes mais
potente.
Embora tudo o que rodeie esta arma seja informação
confidencial, se sabe que se trata de uma bomba termobárica, conhecida na
Rússia como Bomba Aérea de Vácuo de Potência Aumentada (AVBPM, na sigla em
russo), segundo informaram hoje a emissora RT e a agência Sputnik.
O "pai de todas as bombas" se encontra nos
arsenais da força aérea russa e, após ser desenvolvida no início dos anos 2000,
foi testada com sucesso em 2007.
Então foi lançada de um bombardeiro estratégico SU-160, e
arrasou por completo um bloco de apartamentos, com um poder destrutivo nunca
visto antes em uma bomba que não fosse nuclear.
É uma bomba de um peso mais leve que a GBU-43/B, mas com
uma potência de explosão quatro vezes maior que o projétil americano,
equivalente a 44 toneladas de TNT, devido ao amplo emprego que faz das últimas
novidades em nanotecnologia.
Devido ao caráter confidencial deste armamento, não se
conhece nem o fabricante, nem a quantidade de bombas produzidas.
"Os resultados dos testes do projétil demonstram que
sua eficiência e capacidade se assemelham à de uma ogiva nuclear. Ao mesmo
tempo - quero insistir nisto -, não tem nenhum efeito contaminante para o meio
ambiente, diferente do que acontece com as armas atômicas", disse em 2007
o chefe de pessoal adjunto das forças armadas russas, general Alexander
Rukshin.
A bomba está principalmente destinada a liquidar
complexos de cavernas e túneis subterrâneos utilizados como esconderijo por
grupos terroristas.
Para descrever o poder destrutivo da bomba, Rushkin
detalhou que "todo ser vivo é literalmente vaporizado".
Os Estados Unidos lançaram um bombardeio na província
oriental afegã de Nangarhar com um projétil GBU-43, que acabou com uma
estratégica base do Estado Islâmico (EI) e a vida de pelo menos 36 de seus
membros, segundo o governo afegão.
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