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O governador Paulo Câmara (PSB), que é favorável à reforma da Previdência, disse que caberia aos secretários estaduais decidir se iriam cortar ou não o ponto dos servidores que decidirem participar da greve geral marcada para esta sexta-feira (28). Evitando se comprometer em dar uma declaração mais firme sobre o assunto, o socialista também afirmou que confia no bom senso dos funcionários públicos pernambucanos.
"Quem cuida do ponto dos servidores são os
secretários. O governador não tem tempo para isso. Então, espero que todos os
servidores públicos tenham consciência de seu dever e obrigação para não deixar
a população desassistida. Tenho certeza de que vamos ter um dia de
funcionamento dos serviços públicos de Saúde, Educação, Segurança e a condição
de também fazer suas manifestações dentro do estado democrático de direito em
que vivemos", afirmou, após participar de uma agenda na área de Segurança
Pública.
Na entrevista, Paulo Câmara não quis enfatizar que
cortará o ponto dos funcionários públicos. A declaração mais contundente se
referiu apenas aos servidores da área de Saúde e Segurança.
"A gente tem claramente a convicção de que na
Segurança e Saúde as pessoas que estão nas suas cargas horárias, nas suas
escalas, têm que trabalhar. Não cabe ao governador fiscalizar quem está
trabalhando. A gente tem certeza que os servidores públicos são responsáveis e
vão garantir o atendimento ao cidadão. Agora, manifestações são sempre
importantes, estamos em um estado democrático. Acho que as pessoas que puderem
fazer a manifestação, que tiverem tempo livre ou tiverem nos seus horários de
folga, isso é válido, faz parte da democracia", afirmou.
Para Paulo Câmara, há o que tirar de positivo das
manifestações.
"O que a gente está vendo no Brasil hoje é muita
gente interessada nisso (nas reformas). Essas manifestações que ocorrem são
positivas. Todos esses movimentos que ocorreram no Brasil sempre geraram coisas
positivas. Eu espero que esses movimentos possam gerar um projeto de lei
positivo e que ele possa ser aprovado dentro de condições favoráveis que
garantam principalmente os direitos dos trabalhadores informais e mais
vulneráveis e não ataquem o trabalhador rural e que garante uma reforma que não
seja de curto prazo, mas de médio e longo prazo", disse.
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