O racionamento de água em Campina Grande e outras 18
cidades do entorno deve ser encerrado em duas semanas. A previsão é da direção
da Agência Executiva de Gestão de Águas da Paraíba (Aesa). Atualmente, os
moradores da cidade convivem com a dura realidade de enfrentar metade da semana
sem uma gota de água nas torneiras. O racionamento para os municípios atendidos
com água do Açude Epitácio Pessoa, o Boqueirão, foi iniciado em dezembro de
2014. Sem chuvas regulares na região, a perspectiva de acabar com o
racionamento decorre da transposição de águas do rio São Francisco. O
cumprimento do cronograma, inclusive, depende da regularidade no fornecimento
da água.
Atualmente, o açude acumula 29 milhões de metros cúbicos
de água. Isso corresponde a 7% do volume total. A capacidade do manancial é
para 411 milhões de metros cúbicos de água. O racionamento será encerrado
quando se chegar a 33,8 milhões de metros cúbicos, segundo Fernandes. Ou seja,
é necessário apenas mais 1% da capacidade de acumulação para que a situação
seja estabilizada. As águas da transposição começaram a chegar à Paraíba no dia
8 de março. De lá para cá, houve intermitência por causa de problemas na
estrutura. Primeiro houve o rompimento no Reservatório Barreiro, em Sertânia
(PE). Depois no canal entre Custódia e Sertânia, ambos no Estado de Pernambuco.
Os problemas, reforça João Fernandes, fizeram com que a
água nunca chegasse no volume de entrega prometido. “Se isso não tivesse
ocorrido, o racionamento já teria acabado”, ressaltou. A promessa inicial era
do envio de 9 metros cúbicos por segundo de água para a Paraíba. Apesar disso,
o volume nunca ultrapassou a marca de 7,8 metros cúbicos por segundo. Desde a
última intercorrência, quando houve o rompimento das placas do canal, em
Pernambuco, o volume enviado para a Paraíba não tem superado em muito a marca
de 3,1 metros cúbicos por segundo. “Se chegassem pelo menos 6 metros cúbicos de
água, a situação já estaria resolvida”, ressaltou.
Fonte: Jornal da Paraíba
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