Blog de Jamildo
Os advogados Cristiano
Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins, da defesa de Lula, reagiram a mais
nova decisão do juiz Sérgio Moro contra o cliente deles. A defesa disse que irá
tentar impugnar a decisão.
Os dois reclamam que, na
prática, a decisão vai retirar de Lula a disponibilidade de todos os seus bens
e valores, prejudicando a sua subsistência, assim como a subsistência de sua
família.
“É mais uma
arbitrariedade dentre tantas outras já cometidas pelo mesmo juízo contra o
ex-presidente Lula”.
“É ilegal e abusiva a
decisão pelo Juízo da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba determinando o
bloqueio de bens e valores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A
decisão é de 14/07, mas foi mantida em sigilo, sem a possibilidade de acesso
pela defesa — que somente dela tomou conhecimento por meio da imprensa, que
mais uma vez teve acesso com primazia às decisões daquele juízo. A iniciativa
partiu do Ministério Público Federal em 04/10/2016 e somente agora foi
analisada. Desde então, o processo também foi mantido em sigilo”, observaram.
“Somente a prova efetiva
de risco de dilapidação patrimonial poderia justificar a medida cautelar
patrimonial. O Ministério Público Federal não fez essa prova, mas o juízo
aceitou o pedido mais uma vez recorrendo a mera cogitação (“sendo possível que
tenha sido utilizada para financiar campanhas eleitorais e em decorrência sido
consumida”)”, registram.
“O juízo afirmou que o
bloqueio de bens e valores seria necessário para assegurar o cumprimento de
reparação de “dano mínimo”, que foi calculado com base em percentual de
contratos firmados pelos Consórcios CONPAR e RNEST/COONEST com a PETROBRAS.
Contraditoriamente, a medida foi efetivada um dia após o próprio juízo haver
reconhecido que Lula não foi beneficiado por valores provenientes de contratos
firmados pela Petrobras (Ação Penal nº 5046512-94.2016.4.04.7000) e que não
recebeu efetivamente a propriedade do tríplex — afastando a real acusação feita
pelo Ministério Público Federal na denúncia”.
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