O Comando de Operações Aeroespaciais (Comae), em Brasília
(DF), deu início hoje (5) às operações do Satélite Geoestacionário de Defesa e
Comunicações Estratégicas (SGCD). A partir de agora, a operação e o
monitoramento do satélite estão sob responsabilidade da Força Aérea Brasileira
(FAB), que vai trabalhar em conjunto com o Exército e a Marinha. O início
das operações foram classificados pela FAB como “um dia histórico para o campo
da Defesa do país”.
O equipamento, colocado em órbita em maio de 2017 ao
custo de R$ 2,8 bilhões, permitirá a segurança das comunicações do governo e
das Forças Armadas e, a curto prazo, a ampliação da oferta do serviço de banda
larga aos mais distantes rincões do país.
A ação, segundo a FAB, marcou o primeiro enlace da
Operação Ostium – feito nas regiões Norte e Centro-Oeste e que irá reforçar a
vigilância no espaço aéreo sobre a região de fronteira do Brasil com a Bolívia
e o Paraguai. O evento de inauguração das transmissões do satélite, por
videoconferência, foi feito em Vilhena (RO) e no centro de comando do SGDC, em
Brasília, pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, pelo comandante da
Aeronáutica, brigadeiro do ar Nivaldo Luiz Rossato, pelo comandante do Comae,
brigadeiro Gerson Nogueira Machado de Oliveira, entre outras autoridades.
O satélite
Lançado no dia 4 de maio, a partir do Centro Espacial de
Kourou, na Guiana Francesa, o satélite passou por uma fase de ajustes e testes
orbitais sob a coordenação de militares da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica e de engenheiros da fabricante do SGDC, a empresa francesa Thales
Alenia Space.
“Os testes foram muito bem realizados e avaliados.
Concluído o período de testes, com o satélite em plenas condições de uso, no
dia 30 de junho, o SGDC recebeu a carga útil da Banda X, que vai garantir mais
segurança nas comunicações militares e ampliar a capacidade operacional da
Forças Armadas”, disse o vice-chefe do Centro de Operações Espaciais, coronel
Sidney César Coelgo Alves.
O chefe do Estado-Maior Conjunto, brigadeiro Ricardo
Cesar Mangrich, disse que a FAB assumir o controle do satélite é um orgulho
para a Força Aérea. “Agora, efetivamente estamos operando no espaço. Então, com
o satélite sob nosso controle, tanto a operação da carga útil como a operação
do próprio satélite.
Realmente demos um passo adiante. Saímos da era do ar e
fomos para a era do espaço a partir da operação do SGDC”.
Videoconferência
Por videoconferência, Jungmann disse que este é um
momento histórico para o país e ressaltou a importância do satélite para a
defesa e a soberania do Brasil. “Nós estamos operando um satélite que é o
primeiro sob total controle do Brasil, devidamente criptografado sob nosso
controle. Não é apenas um projeto militar, de soberania e defesa nacional, mas,
evidentemente, significa um grande passo para a nossa autonomia, nossa
independência em termos de meios estrangeiros para procedermos as nossas
comunicações”, disse o ministro.
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