As contas do país tiveram um rombo primário (receitas
menos despesas, antes de pagar os juros da dívida) de R$ 16,1 bilhões em julho,
valor recorde para o mês, informou o Banco Central nesta
quarta-feira. Isso inclui os resultados da União, dos Estados e municípios e
das empresas estatais. Especialistas consultados pela agência de notícias
previam um rombo de R$ 17,2 bilhões.
No acumulado em 12 meses, o rombo chega a R$ 170,5
bilhões, o que equivale a 2,66% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, de
tudo o que é produzido no país.
Segundo o BC, o mau desempenho de julho deveu-se
principalmente ao governo federal, BC e INSS, que, juntos, tiveram um rombo de
R$ 13,977 bilhões. Um ano antes, o rombo tinha sido de R$ 11,853 bilhões.
Só com a Previdência, o saldo ficou negativo em R$ 13,517 bilhões no mês
passado.
Os Estados e municípios também ficaram no vermelho em
julho, com resultado negativo de R$ 2,652 bilhões. Por outro lado, as
empresas estatais fecharam julho no azul, com R$ 491 milhões.
Incluindo também os juros da dívida pública, o rombo nas
contas do país em julho sobe para R$ 44,620 bilhões.
Difícil cumprir a meta
Diante do quadro de piora das contas públicas, há duas
semanas o governo piorou
sua previsão de rombo para este ano e para 2018. Antes, os
objetivos eram de R$ 139 bilhões e R$ 129 bilhões negativos, respectivamente.
Agora, a meta aumentou para R$ 159 bilhões nos dois anos.
Assim, este será o quarto ano seguido em que o país não
conseguirá fazer economia para pagar juros da dívida pública. Pelo contrário:
vai se endividar ainda mais.
(Com Reuters)
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