Para a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os depoimentos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e do ex-ministro da Fazenda Pedro Malan dados à Justiça Federal do Distrito Federal nesta terça-feira (12), por meio de videoconferência em São Paulo, demonstram que o petista não exerceu nenhum tipo de influência para a aprovação de medidas provisórias que oferecem benefícios fiscais a indústria automobilística para, assim, receber vantagens indevidas.
Eles foram arrolados
pela defesa na ação penal em que Lula é réu, no âmbito da Operação Zenotes. O petista é réu junto com seu filho
Luis Cláudio Lula da Silva, ambos denunciados pelo MPF (Ministério
Público Federal) sob a suspeita de participarem de um esquema de tráfico de
influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa envolvendo a compra de
36 caças Gripen, da sueca Saab, pelo governo brasileiro.
Ontem, a mesma operação
deu base para outra denúncia contra Lula,
dessa vez por corrupção passiva sob a acusação de terem recebido R$ 6 milhões
em propina das montadoras MMC e Caoa para atuarem na elaboração e edição da
medida provisória 471, de novembro de 2009, que prorrogou por cinco anos
benefícios tributários destinados a empresas do setor automobilístico.
FHC prestou depoimento
por cerca de 20 minutos e foi questionado pela defesa sobre os incentivos dados
ao setor durante o seu governo. Foi a segunda vez que o ex-presidente deu
esclarecimentos como testemunha de defesa de Lula. À reportagem, FHC disse que
não houve questionamentos, "ao menos não diretamente", sobre medida
provisória que concedeu benefícios fiscais a empresas no Norte, Nordeste e
Centro-Oeste durante o seu governo. (Uol.com)
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