A privatização do sistema Eletrobras, em especial da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), foi tema de audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Ceará nesta segunda-feira (18). Presidente nacional da Frente Parlamentar em Defesa da Chesf, Danilo Cabral (PSB), afirmou que o evento é mais uma demonstração que a população, de todos os estados do Nordeste, começa a compreender as consequências da iniciativa do governo federal.
“A sociedade já entendeu que essa privatização criminosa
vai representar, inevitavelmente, o aumento da conta de luz. A participação e
mobilização da sociedade é que barrará a venda do São Francisco”, declarou
Danilo Cabral. O deputado lembrou que a Chesf construiu bases para o
desenvolvimento econômico e é a maior geradora de energia elétrica do Brasil.
“Em defesa do Nordeste e da soberania do nosso País, não podemos permitir esse
desmonte do governo federal”, acrescentou.
O deputado estadual cearense Elmano Freitas (PT), autor
do pedido de audiência pública, destacou a importância de uma mobilização
nacional para barrar as privatizações promovidas pelo Governo Federal. O
parlamentar salientou que as privatizações são uma quebra de direitos
democráticos. “O governo Temer está promovendo um desmonte no Brasil e,
recentemente, o sistema elétrico foi incluído entre as privatizações.
Precisamos debater exaustivamente e buscar soluções que não permitam a venda do
nosso País”, declarou.
Para o presidente da Frente Parlamentar no Ceará,
deputado federal André Figueiredo (PDT-CE), o patrimônio público do País está
sendo entregue de forma “irresponsável”. “Parabéns à Assembleia Legislativa
que, nesse cenário de crise, se posiciona trazendo deputados e sociedade para
debater um tema tão importante para o Brasil”, enfatizou.
Participaram ainda no debate os deputados federais,
Odorico Monteiro (PSB), da Frente Nacional pela Soberania Popular; Leônidas
Cristino (PDT-CE); José Airton (PT-CE); além de representantes do Movimento dos
Atingidos por Barragens (MAB); Sindicato dos Eletricitários do Estado do Ceará
(Sindeletro); Central Única dos Trabalhadores (CUT); Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e representantes da Chesp.
Com informações da Assembleia Legislativa do Ceará
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