Nos últimos dias, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), recebeu uma romaria de líderes e parlamentares da base aliada com queixas ao governo Michel Temer. Na pauta das conversas, esses líderes levam a Maia cenários de desembarque do governo, em meio à discussão do processo da segunda denúncia contra o presidente.
Entre os partidos que procuraram Maia nos últimos dias
estão siglas do chamado “Centrão”, como PR, PP, PSD, além de ala do PSDB e do
PMDB, partido de Temer.
DESGASTE – Maia recebeu relatos de que a pressão nas
bases eleitorais dos deputados cresceu no ambiente da segunda denúncia. E que
eles temem se desgastar para salvar Temer novamente e acabarem sem mandato,
cobrados durante a eleição de 2018. Aos parlamentares e líderes de
partido, Maia concorda que o ambiente piorou em relação à primeira denúncia. E
tem demonstrado aos interlocutores que tem se distanciado do Planalto.
Nesta quarta-feira (dia 11), Temer mandou o ministro da
articulação política, Antonio Imbassahy (PSDB), procurar Maia para tentar
apagar o incêndio desta terça-feira (10), quando Maia criticou o governo e
disse que não votaria mais nenhuma medida provisória após o Planalto agir para
esvaziar o quórum da sessão da Câmara.
DESCONFIANÇA – Rodrigo Maia repete a aliados que não
confia mais no governo e que o país está pendurado para discutir uma denúncia
enquanto a agenda econômica e temas como a segurança pública estão sem solução.
E completa, dizendo que, se for chamado por Temer, irá
para a conversa vestido do seu papel institucional de presidente da Câmara.
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