Os 15 mil moradores da cidade de Alagoinha acordaram hoje
(16) com uma boa notícia: água nas torneiras. Após seis anos em colapso,
consequência da seca extrema na região, os técnicos da Compesa conseguiram
concluir os testes do sistema, que viabilizaram o retorno do atendimento pela
rede de distribuição. Foram quase 50 dias de trabalho intenso, que mobilizou um
grupo grande de profissionais, com equipes trabalhando de domingo a domingo,
inclusive nos feriados, com o objetivo de restabelecer o fornecimento de água
da cidade, até então assistida por carros-pipa. “Cumprimos assim o compromisso
assumido pelo governador Paulo Câmara com a população de voltar a distribuir
água para Alagoinha", afirma o presidente da Compesa, Roberto Tavares.
O centro de Alagoinha é a primeira área da cidade a
receber água. Os técnicos vão acompanhar o processo de estabilização da rede de
distribuição para elaborar e anunciar o calendário de abastecimento da cidade.
Para viabilizar o atendimento de Alagoinha, a Compesa precisou realizar obras
de recuperação da Estação de Tratamento de Água-ETA Pesqueira e recuperação da
rede de distribuição. A companhia também aproveitou um trecho de 18 quilômetros
da Adutora do Agreste para transportar água da Barragem de Ipaneminha, no
município de Pesqueira para a cidade." Como a ETA e as tubulações da rede
de distribuição ficaram seis anos sem funcionar, em função do colapso da
Barragem Ipaneminha, o retorno da operação foi um processo mais complexo”,
explicou o presidente da Compesa. Segundo ele, foi necessário realizar os
testes por etapas, realizando os ajustes operacionais em busca da vazão e
pressão adequadas de cada trecho, até estabilizar todo sistema adutor.
Da Estação de Tratamento de Água-ETA-Pesqueira a água
tratada segue até Alagoinha por um trecho novo da Adutora do Agreste, com cerca
de 18 quilômetros de extensão, a partir da água armazenada na Barragem de
Ipaneminha. O manancial ficou em colapso por seis anos consecutivos e voltou a
acumular água no inverno deste ano." Precisamos realizar várias obras para
viabilizar a volta da operação do sistema, uma ação que exigiu muito trabalho e
dedicação das nossas equipes técnicas e operacionais e um período longo de
testes”, esclareceu o diretor do Interior da Compesa, Marconi de Azevedo.
O diretor da companhia pede ainda a compreensão da
população pelos eventuais vazamentos e interrupções do sistema a partir de
hoje. "Trata-se de um processo natural, quando da volta da operação de uma
rede de abastecimento, cujas tubulações ficaram muito tempo sem uso",
explicou Marconi de Azevedo. Ele adianta que foi ampliado o número de equipes
de manutenção e que os técnicos da companhia já estão mobilizados para corrigir
as ocorrências até a regularização total das pressões e assim estabilizar a
distribuição de água para toda a cidade.
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